domingo, dezembro 31, 2006

Tenho este ritual, há anos: ponho o "Unforgettable fire" e o "New Year's Day" a rodar no dia primeiro de cada ano. Nada mais. Talvez este ano, a coisa mude de figura:)

Versão Vintage

http://www.youtube.com/watch?v=6Q1pz-pJXbw&mode=related&search=

Versão Broken (teclados estranhos, voz e braço quebrados, mas ok! Extra-terrestrialidade q.b.):

http://www.youtube.com/watch?v=eSPbGkjEs9M

E agora que são 2:22, sou eu que me quebro e me retiro de um ano incrível: agradeço tudo. O mau, o bom. As pessoas singulares que a vida me ofereceu. Somehow, i feel we met once, and will meet again.

Nothing changes on New Year's Day.

Time to say: I will be with you again:)

Broken

Julgo que vale a pena esperar pelo final do vídeo. Recorda-me um certo concerto no Largo de Carnide em 1998 (salvo erro), em que me aparece um jovem, A., e nestas situações, nunca sabemos bem o que nos vai calhar na rifa. Sobe-me ao palco e atravessa-lo todo de calças e cuecas "out". Está gravado. Espero colocá-lo neste blog muito em breve. Acho que merecem, todos, este momento "para mais tarde recordar". O desfile seguiu-se de pregos atrás de pregos, as nossas bocas entreabertas, quanto o espanto. Os pregos a ajeitarem-se ao autêntico circo de feras que ali se construíra em escassos segundos.

Já em 1994, em Olival Basto, dos nossos primeiros concertos, levámos a recordação de um camarim ensanguentado porque a banda que tocara antes de nós, tinha acabado de levar uma valente tareia de um público...diria, fora de si. E "next? Was me!". Lembro-me da dentadura do vocalista em tons de rosa porto, pinceladas nobres a esmagar-lhe o cartão de visita sobre um lavatório encardido. Assimilei rapidamente o guia de instruções: ser-se músico obriga a coragem, determinação e extra-terrestrialidade. No pain, no gain.

http://www.youtube.com/watch?v=Qpnk9H4htnw

Nota: estou de certa forma contente por ter reencontrado A. há uns meses. Foi-me apresentado numa festa, e tentou explicar-me o inexplicável:) tks. A.!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Escravos

Somos os escravos da arte. Os pedaços de tinta ressequida do desdém de pintor. A terra que os vossos corações pisam. Corações ressequidos pela mágoa da vida. Vida, palavra banal que o artista insiste apredejar em cada uma das palavras que repousam no esquife do vosso espírito. Para amedrontar.
Bah! Banalidades!

The Temple "War Dance"

http://youtube.com/watch?v=Sx56ZgEpRMg&mode=related&search=

terça-feira, dezembro 26, 2006

Fever

A Rita Moreno é um prato!

http://youtube.com/watch?v=w16S5wSACWU

7,8?9


7 , 8? 9 talvez. Anos. Sou uma pirata de emoções alheias. Busco e tudo o que vem à rede é peixe graúdo. Recordo as horas. Talvez 500, mil? Olhava por aquela janela do Centro Comercial Palladium aos Restauradores: olhava insistentemente para as almas que se atravessavam pelo quadro que Deus pregara diante de mim. Diante d...(cortei o lábio...da emoção, do frio que se faz aqui). Deus pregara-me aquelas visões por alguma razão. Passos largos, passos curtos, abrandamentos e acelerações de seres errantes. Sentada no piso superior, pisava a toca do vinil, cuja montra berrava e afunilava cerradamente o corredor dos transeuntes, com as últimas novidades: Iron Maiden's, Bowie's, ZZ Top's... Tenho o corpo dorido. Sabe-me bem.

AMI

Encontrei uma forma de simplificar o gesto. Uma forma de vos tornar únicos no meio desta massa populacional uniforme, anestesiada, apática.

http://www.fundacao-ami.org/ami/artigo.asp?cod_artigo=119699

domingo, dezembro 24, 2006

Luna Comuna

A minha prenda de Natal:

http://www.youtube.com/watch?v=s8wNzndRvPM

Divirtam-se assim como nos divertimos, terça passada:)
*

How

Obrigada pelas mensagens de boas festas...se é que as entendo...há quem me deseje boas festas com muito sexo..
Bem o que interessa é o espírito de loucura que nos invade nestas alturas.
O Natal é uma celebração cristã. Na realidade, o Natal tem (hoje) muito pouco a ver com a Cristandade, milagrosamente, e ainda bem atendendo a determinados pormenores...apesar de eu ser cristã. Milagrosamente, acaba por enaltecer a sua razão de ser: a celebração da Tolerância com grande T. Da união, da celebração da nossa humanidade, de existirmos num cosmos enigmático, e da nossa aceitação perante as limitações. Aceitamos ser quem somos para além do mistério, sem duvidarmos sequer que existimos.

Será que existimos? O que é existir? Já pensaram que o espaço e o tempo são medidas para simplificar o entendimento do que julgamos nos rodear. Pensem simplesmente que um centímetro é divisível, e que por sua vez o milímetro também, e que esta cadeia de unidades se vai desenvolvendo até ao infinito, até ao limiar das nossas capacidades. Ou da nossa vontade? Talvez medir-nos até determinadas unidades...assim como quando queremos pensar que somos alguém, quando somos muito mais, outras vezes muito menos. A vida é uma grande ilusão. Viver é fantástico. What's really amazing is not the "what", but it's the "how" we live.

Pensem só nisto...se é que querem pensar: uma laranja nas vossas mãos neste preciso momento deixa de ser ela, no momento seguinte...terá mutado se considerarmos as partículas que se despegaram. Ora se o tempo, como o espaço é uma medida utópica, isto é,se não existe...será que a Laranja terá alguma vez existido?
Ok next stop: Júlio de Matos. Bem fora de brincadeiras, tive lá 3 tias e uma avó, tudo família materna. É genético...mas terão elas realmente existido? :)
Feliz Natal
P.Scriptum: acho que devíamos ir todos ao banco e depositar uns trocos numa conta solidária. Sugiro a AMI. É só uma sugestão, a que me vou obrigar a cumprir! Não me parece bem o Natal em circunstâncias de normalidade. Sejamos anormais.

O canto do olho

Santa Catarina nesta noite de inverno em vésperas de Natal. Vista a 3 D: 3 desejos.
3 desejos à vista Uma lágrima no canto do olho, do sal da vida. A necessidade de se sofrer. Um parto necessário. Perde-se um pai...ou perde-se uma mãe.Perde-se um filho. E o inverno torna-se um inferno ..um inferno gelado.

The Gift



Best Gift :)

"from a dark corner in mexico..."

"from a dark corner in mexico..."
Merry Xmas Samael

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Heavy Metal Xmas

http://youtube.com/watch?v=4AC3sZB-v7Q

A minha primeira vez

Acordar às gargalhadas é uma sensação espectacular. Nunca tinha acordado para a vida desta maneira: quarta-feira passada, o móvel acorda-me às 08h45. Abri os olhos. Pensei, pausei e pensei novamente. E "gargalhei". E só parei em consciência.Hehhe..coooolll!
Digam-me se já acordaram às gargalhadas....need to know! Is it me??

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Íris

Hoje despertei um largo sorriso a uma funcionária de um Banco. É lindo de se ver!
Assemelha-se a um arco-íris regado de chuva cinzenta. Mas o que os olhos vêem é somente o estonteante arco-íris que nasce diante de nós, dentro de nós.

This is Xmax! The Birth of a soul

Interesses mórbidos

Estávamos na passada semana, cá fora, a respirar o ar (what else?!). Contei-lhes algumas histórias acerca dos meus antepassados. O Tiago acha que devo escrever um livro, e que se o publicasse até ao Natal, comprava-me dois exemplares. Curioso: os detalhes mórbidos suscitam sempre o interesse. Penso que se deve em parte à frequência rara da ocorrência, às cores vivas do cenário ou pseudo cenário pintado pela imaginação de cada um. Assim como se conquistassem uma entrada à borla em cenário de horror. Adrenalina a monte.
Julgo que devem querer saber de que ocorrências falei: a morte do meu avô. a morte dos meus bisavós. Falei de outras, as quais reservo para outros encontros. Até porque são horrores ainda palpitantes.

(Apaguei parte do texto...estava errado)
Ainda guardo as fotografias de um vazio sem benefícios. Expressão do Instituto de Medicina Legal de Coimbra, a quem decidimos doar...doar a dor do ar, um ar que se respira assombrado de memórias. Memórias.

Podia continuar, com mais alguns detalhes etéreos, obscuros. Bem encerrar ...porque estamos no Natal, e isto não me parece nada bem. It's a feeling.

State Of Mind



Daniel Campos (Assemblent).
His beautiful garden: remembers me a certain state of mind. Mine.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Golden State

"Solutions"..listening to Bush Golden State for tonight:)

http://youtube.com/watch?v=Y45Ptyw3Xjg

Não olhem para o Gavin. Oiçam a linha de baixo. É tarefa difícil porque se ouve um pouco mal, mas é linda. No disco, vale a pena.

"Headfuls Ghosts" ..está a ficar cada vez melhor o ar que se respira por aqui..
Este disco, foi me oferecido pelo João (Cinemuerte). Não me esqueço:)

"Inflatable" para descansarmos suavemente as pálpebras que nos beijaram os olhos.

Algebra

A self-fulfilling prophecy of endless possibilty
You roll in reams across the street
In algebra, in algebra

The fences that you cannot climb
The sentences that do not rhyme
In all that you can ever change
The one you're looking for

It gets you down
It gets you down

There's no spark
No light in the dark

It gets you down
It gets you down
You traveled far
What have you found
That there's no time
There's no time
To analyse
To think things through
To make sense

Like cows in the city, they never looked so pretty
By power carts and blackouts
Sleeping like babies

It gets you down
It gets you down
You're just playing a part
You're just playing a part

You're playing a part
Playing a part
And there's no time
There's no time
To analyse
Analyse
Analyse

Thom York Analyse


by buddha boy on 06-05-2006 @ 01:02:59 PM
Well, it's my favorite song on the album. Too bad I still can't understand it.

by cabeza on 07-09-2006 @ 03:28:13 PM
personally, i think this song is about the problems you have with defining or even finding a sense in life or your imagionation of death itself - cause death is unthinkable for the human mind ( the part with the attempt to climb the fence etc..) - noone can imagine how it is to be dead - to be forgotten, to be not the center of his own perception, cause evertyhing you perceive is a part of yourself - and your life will always be too short to "analyse" wether you made the right decisions, wether you leaded a useful life. Also the allusions on human "inventions" to grasp future/reality from destiny (self fullfilling prophecy - why by the way also has afete yorke endless possiblities) to mathematical analysation techniques like algebra are not sufficient to grasp everything and leave you insane.
so to conclude my thoughts - he just tells us that we will never know what part we played or if we were of any importance for anyone in the world which can be rather depressing if you spend your life thinking about it, cause it´s a non-stop process which finally ends in death...
so dont analyse too much, otherwise you wont live your life, but think of how to live your life too long
you phlematic suckers hahaha :)

oh well my opinion sucks balls...

by cabbagesoup on 07-14-2006 @ 10:28:49 PM
i think the song's about life itself and how we get lost in life, how we fight with all our strength to take control but there is no control, things just happen and you just react, ultimately, you have no choice, no time to analyse and think things through, you just live the moment, take instantaneous decisions. In the end, the time you were given ends and you part with nothing but memories, no true answer, no true meaning...

by peace_love_empathy on 08-12-2006 @ 01:41:21 PM
this is my fave song on the album probably. i think this is about things that you cant change like death.

by steelyeti on 09-16-2006 @ 06:47:46 AM
This is my favorite song on the cd. I love it.
I think the song is speaking of how grand the universe is and how insignificant our existence is, yet in the same since our existence is personally so important because it’s all we have. We can’t spend too much time trying to solve questions without answers; we have to spend more time appreciating the simple pleasures and beauty.

by saywhat?? on 09-16-2006 @ 05:58:46 PM
Ok guys, I know I shouldn't do it, but I can't help it. For those of you who didn't realize it yet: Thom Yorke is an anxiuos grown-up, 38 years of age. But, in his heart, he still is a little child who wants to believe that mankind exists as a unity, which would be his only solution to the problem that his poor brain just can't stop thinking and listen in to the silence. what he didn't realize yet is what love is all about, namely the ability to see oneself as you truely are. therefore he went on for years just wallowing in self-pitty. His hope for having the time to analyse things is just a simple wish of getting away from what is. And what is is: he's totally confused and anxiuos because of the fact that he didn't understand his past. See the beauty in this? Guys. stop interpreting songs. it just distorts them. write your owns. and spread them out!

by eatenbytheworms on 09-25-2006 @ 11:07:40 AM
It's a choice whether or not to interpret the lyrics, but I personally get a lot more when I do so and from reading other people's interpretations.
I do think this song is about facing the reality that we are mortal, and that we have sometimes made the wrong choices because we failed to stop and think before we did certain thinks. This song captures the moment when a person stops for a moment to think and realizes there are things he regrets and perhaps decides to change his course in life. It is a beautiful song and the lyrics and music make the point he is trying to make in a very effective way.

http://youtube.com/watch?v=JjHH6lP1Hxc

Prenda de Natal

Próxima Sexta Feira...ai ai...não percam o Contra Informação na RTP1...prendinha de natal antecipada:)

kix

Maldita pontuação

Esta noite, deixo-vos palavras, poucas...pontuação: a mais.
Este é o sindroma de quando há tanto para dizer, e a única maneira de concretizar o pensamento atendendo aos sinais da estrada, é a estética da pontuação, dando largas à vossa imaginação.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Despertar

--Estamos a chegar ao Natal, e cada vez menos entendo o grau de aplicabilidade do conceito na sociedade dita "moderna". Bem sei que esta é a época dos críticos. Dos negativistas. Eu entendo o Natal para além das minhas crenças. Talvez, um momento que toca a todos: raças, religiões (praticamente todas, ou em grande parte da população). Penso que seja essa a magia do Natal: todos gostam, embora alguns digam que não. Embora alguns digam como eu que nos conduz à Falência técnica. The Birth. Mas é uma dor que se tem como aquela quando se ama. Dói mas é uma dor que compensa porque apraz-nos despertar um sorriso, expressão clara de vida.

domingo, dezembro 17, 2006

Maçã

Agarro numa maçã e trinco. Sinto a consistência, com insistência.

sábado, dezembro 16, 2006

A Forest

A desilusão é tema de conversa na minha estranha cabeça.
Aflige-me terrivelmente a desilusão, aquela que incuto no próximo. Desiludir alguém é desiludir-se. Desiludir: e morre uma parte de mim. Uma dor intragável , assim como se carregasse dentro de mim a Terra, o peso de um planeta a ser expelido pelo Universo, perdendo o direito de leveza.

Dedico-vos a letra que se segue, embora não sendo minha, é nossa.


http://youtube.com/watch?v=HY7wuV_C1oI&mode=related&search=

The Cure "A forest"

Come closer and see
See into the trees
Find the girl
While you can
Come closer and see
See into the dark
Just follow your eyes
Just follow your eyes

I hear her voice
Calling my name
The sound is deep
In the dark
I hear her voice
And start to run
Into the trees
Into the trees

Into the trees

Suddenly I stop
But I know it's too late
I'm lost in a forest
All alone
The girl was never there
It's always the same
I'm running towards nothing
Again and again and again


By Carlos Ferreira

Uma recordação memorável e uma bela prenda de Natal. Obrigada Carlos:) Mais vale tarde do que nunca.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Deus é Deus

Faz cerca de uma década: lembro-me do António Sérgio no Paradise Garage. Pôs-nos esta faixa que é para mim simplesmente genial. Nunca mais me esqueço:


http://youtube.com/watch?v=oGTxfKaIoRI&mode=related&search=

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Bobcat

Quando danço, é como se Deus me espetasse uma espada na coluna e vos desafiasse para..para tudo!
-

Escrevo o texto desta noite ao som de Portishead. Passei uns dois anos a ouvir este disco. Trata-se de um disco ao vivo . Roseland NYC Live rodou insistentemente no segundo andar de um prédio centenário no qual ensaiávamos desalmadamente e que agora jaz a poucos metros. Nele, habitam gatos.Perdi a conta. Perdi a conta também às sombras, traves, pedregulhos,e cordas. Cheguei a pensar que alguém ter-se-ia enforcado ali. Chamava-lhe "Refúgio". Para além de Portishead, rodava Fiona Apple. Penso que foi uma época singular. Cheguei a pintar o "Refúgio" de azul! Pintei o andar todo. Pus mãos à obra. Sabia-me bem, o cheiro a tinta fresca. Nas traseiras desse último piso, escondia-se a sala de ensaios. E surpresa das surpresas: ensaiávamos no segundo e último piso, já o rés de chão tinha desaparecido, obra de um velhaco bulldozer. Restava do prédio, a fachada, uma escadas em caracol que desaguavam única e exclusivamente no "refúgio".Surreal...nomeadamente para quem vinha assistir-nos. O Morto de Q. era o que mais custava transportar aquando de concertos. Resta agora a fachada, apenas. Assim ao estilo de muitas outras fachadas de Lisboa.

Por falar em bulldozer, em tempos no Bairro Alto pós ensaios no tal Hotel do Estado de que vos falei anteriormente, residia frente às Primas, um Bobcat. J, P e Z ligavam-lhe os fios e conseguiam despertar a ignição. Achava aquilo delirante. Metiam-se nele e chegavam a passear pela rua fora . Penso que terão sido os efeitos das Primas a despertar a ignição:) Imaginação minha, obviamente.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

YouNoddy- Cats attack

Bem não podia deixar de cravar igualmente este momento.

http://youtube.com/watch?v=_E2OTs_QS90

Bem pregado

O corpo dorido quebra-me em dois sobre o chão.
A vista deturpada pelo sangue que inunde a esfera da alma...
os três pontos desta alma, afinal, que pretendem? Sim...insistem pisar-me os peitos dos dedos. Os peitos da escrita. Sentidas superfícies cravadas de sentimento alheio.
És um quadro bem pregado.

domingo, dezembro 10, 2006

Pontos finais

Ruled by Secrecy by Muse

Esta composição de Muse é terrivelmente apoteótica. Linda de se ouvir, sobretudo pela noite dentro. Podia morrer a ouví-la. Ou amar? Valia a pena morrer-se ao som desta faixa.
Tenho pensado muito na minha morte. Sinto que a morte é das poucas e últimas coisas que me poderá transcender em vida. Pena não se poder voltar...porque se tal fosse possível, experimentá-la-ia imediatamente. Não esperava nem mais um segundo. Mas (in)felizmente são muitas as coisas boas que me prendem por cá: elas,e Ele. Elas sobre- tudo. Bem já lá estive do ponto de vista clínico. Morta aos 18 meses. Por escassos segundos salva por gotas de água benzida... estranha sensação de se saber do outro lado...e regressada à origem ou pseudo-origem. E tão pequena.
Não fiquem de todo a pensar que estou mal. Bem pelo contrário. Encaro a vida de forma bastante racional, mas sou extremamente emotiva. Frágil. Sou uma pedra de gelo que se encosta e fere. Quente, ardente capaz de queimar-vos a pele. Ao ponto de vos ferir mas sem qualquer intenção.

Recorda-me assim de repente (1994?): numa estação, quando ensaiávamos nos estúdios em Moscavide, perto da 1 da manhã de regresso para Lisboa, desesperadamente à espera de um malvado 28. estávamos em grupo. Aproximou-se um homem, de rosto sequioso. Aproximou-se de mim e abriu-me a mala diante dos meus olhos incrédulos. Abriu-a e vi a minha morte. Mostrou-me a arma que o protegia de conspirações, da guerra que o desnortearam para sempre. Sentiu que o podia salvar e eu senti a carga emocional que ele acabara de despertar em mim.
Sinto-o sempre por perto. Não me esqueço. Pensei que era o meu ponto final.

sábado, dezembro 09, 2006

O Barba Negra

Ontem à noite,levaram-me algures para Benfica. "Piratas das barbas" ou "Barba do Pirata"? "O Barba negra"? Algo do género. Não me recordo ao certo. Recordo-me bem do "barco". Tive a sensação de ter participado no cenário de um "Piratas das Caraíbas Parte 3". Não faltava nem o álcool, as bandeiras, nem os "artistas de circo". Um qualquer actor de novela, a sonhar-se em Johnny Depp. A Carla disse-me o nome ...Uma mesa de snooker...hum ... não ganhei coragem para desafiá-los porque odeio tunas. E putos de tunas são das espécies mais perigosas com quem uma mulher pode querer lidar. Acaba sempre mal. Mas uma snookerada marchava! Já não jogo há uns anos. Era uma boa player. Em tempo de férias, na praia, com perto de 18 anos ganhava aos meus amigos. Desafiavamo-nos no snooker e no bowling. Saudades! De ser boa naquilo!
Bowling: já lhe perdi o jeito. Confesso:)

Os putos das tunas: são balas preparadas em ambiente de faculdade, subsidiadas pelo Estado ou por uma "associação" privada, disparadas ao acaso à procura de uma forma. São balas assassinas. Até repousarem no chão, são um perigo para qualquer ser vivo.Homicídio por negligência pura:)

A noite foi bem gira. Festejar os 40 anos de um grande amigo é sempre um marco.
Parabéns Quinze.

O tempo

O tempo já não volta atrás e tu sabes disso. Não tentes enganá-lo.

Boa Morte

A vida é estranha. Estranha demais para tentarmos, ousarmos entendê-la.

Amar é morrer lentamente. Nunca tive medo de amar. É uma santa morte. Boa morte.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Borat You're my heroe!

http://www.youtube.com/watch?v=vFP-MktgOKU

COPY PASTE

Have a greattttti! friday!
Beijinhos a todos

Ante vejo

Dormem todos...
Durmam bem. Durmo sobre as letras que escrevo e sob as estrelas que (ante)vejo. Os meus olhos solitários abraçam o sentimento que procuro gerar num teclado estandardizado. O medo de sons que despertam lá fora é visível. Esconde-se servindo-se deturpadamente de tijolos de vidro que se erguem à minha vista.
A tempestade teima.


http://www.youtube.com/watch?v=NOoL9lyATcg

NUA - RIP Rest in Past "1993-2002"

1997 - Concerto para cão - Rua Augusta - Feat.: João Luís (The Temple)







1995 - A Bunch of Kids - You know where:)







segunda-feira, dezembro 04, 2006

Luz

Passei a noite em claro...sono intermitente...Luz nocturna à janela.
Grrr..troco tudo...caps
Grrrr
Mau génio..sou um péssimo génio, mas génio!
Ingénua.
Adorei estar convosco ontem à noite.
Os pins Cinemuerte a circularem pela Fnac do Colombo, ao peito dos amantes.
Desculpem a "Cena" na Sephora. Sou uma cabeça no ar!

quarta-feira, novembro 29, 2006

O céu

Longe, hei-de ir para muito longe. Algures onde voam crianças, de tranças brancas como a neve. As faces rosadas, pintadas por mim para as fazer sonhar, um pouco mais. Uma piscina cheia de alfaces para que nela possam saltar e eu também. Flores com sabor a chocolate pingando caramelo. Aves de bico em lápis para que, no céu, pintem de cores frescas e cintilantes.

Observo-me: tenho uma estranha fixação no céu. E trabalho para lá chegarmos. Weirdow...

terça-feira, novembro 28, 2006

Non Troppo

A presente recordação é Ficção.

É dia de segredos.

A entrada fazia-se pela 1 da manhã na Rua dos Caetanos ao Bairro Alto. E mais não digo...para não comprometer. Shhhh! (Baixinho).

Recordo as noites no Conservatório: as sombras que ousavam valsejar-nos. Deslizavam enlouquecidamente nas paredes de corredores sombrios, gelados, à semelhança de uma valsa entre desconhecidos. Tectos altíssimos de perder a vista, subscrevendo a nossa visão, na mudez. O busto de Beethoven segredava as notas certas.

Recostava-me sobre o palco sentindo o suspiro inebriando-me a pele, envoltura do espírito. O mítico Fantasma do Conservatório pregava-nos as melhores partidas do Salão Nobre. Seguia-se a sala dos defuntos (sala de pianos estéreis, sobre os quais adorava deleitar-me, acreditando que era possível amá-los). E pisar o sólido chão de pedra do pátio, sob o qual jaziam as sepulturas de um antigo convento que ali houvera em tempos? (O crânio de uma freira permanecia allegra ma non troppo sobre a prateleira de quarto de M).

Serões fascinantes, pelo perigo, pelo terror gerado de uma lasca de madeira quebrada. De uma singela pedra milimetricamente deslocada. Pensávamos no contraste, conscientes que a poucas portas, reinava outro mundo. Um sinal de aviso.

Pedia a M. para me levar "lá": a sala de ballet. Linda. Os espelhos dominavam a sala. Dominavam-me, controlavam cada gesto descontextualizado. Indicavam-me o caminho para "lá" chegar.

V era um homem de paixão: raro. Tinha o poder de conhecer todos os cantos da casa e acabava por voltar de braços dados com todo o equipamento passível de embelezar a Criação. O Alesis ter-se-ia mais tarde instalado na zona de captação que criámos na sala de "Cinema" para gravar a "Lua Azul". (Nota : o Conservatório agrupava então as Escolas Superiores de Dança, Cinema. Música e Teatro ).


P era a pedra mais distinta: de guitarra ao peito, sentava-se na escada e tocava para Ele. Tocava-lhe delicadamente as notas certas: notas dissonantes que permitiam que um elo de ligação se estabelecesse entre dois seres estranhos.


Por volta de 1997, o nosso reinado estava condenado: partilhávamos discretamente o "Castelo da Noite", o Hotel das Artes com guardas ao serviço do Estado.

Quando a noite se fez luz, aos passos de J, recordo-me de ti. Atiraste-te grotescamente contra mim, desmascarando cada ruga do meu rosto, de holofote traquinamente amarelado. Fugimos para nunca mais voltar.

Penso que na vida, esta história repete-se. Tenho a certeza que todos vós terão passado pelo "Castelo da Noite". Um lugar, uma época permitida que só a nós pertence, por fugazes momentos: que tem o seu triste fim, para mais tarde recordar, allegros ma non troppo.






segunda-feira, novembro 27, 2006

Song for You

I was walking in the park
Dreaming of a spark
When I heard the sprinklers whisper
Shimmer in the haze of summer lawns.
Then I heard the children singing
They were running through the rainbows.
They were singing a song for you
Well it seemed to be a song for you
The one I wanted to write for you

Blackest eyes

Penso que tinha os olhos negros. Assemelhavam-se à escuridão do seu ser. Os braços secos. Os olhos achinesados. Um olhar ríspido. Deitava-nos sobre a cama. Cobria-nos com mantas pesadas, tão pesadas quanto a demência que a possuíra há muitos anos. Vinha a corda. Uma corda grossa, usada para dominar um animal que se odeia. Atava-nos. Bem. Muito bem. Várias voltas. Penso que eram 3 as voltas que a corda dava, roçando-se nos corpos para que nada escapasse. Nem a dúvida. Dizem os "antigos" que aos dezanove anos vira, num campo, um homem enforcar-se. Ao vê-lo, firme, o demónio do suicida teria transitado para o seu corpo.
Não a vejo há 20 anos. Revejo-a todos os dias. Numa colher que avisto ao abrir a gaveta. Numa pedra atirada ao ar. Numa simples sopa. Numa meia. Num grito aguçado. Ela é o meu fantasma. Para sempre.

domingo, novembro 26, 2006

Obrigada



To Inês:

Agora quem assina um "Picture comment", sou eu.

Colocares-me neste painel, toca-me profundamente. São raras as pessoas que chegam a alcançar-me...esta noite alcançaste-me. É um marco. Um desafio à minha pessoa. Identifico-me muito com algumas destas...não diria pessoas...somos muito mais do que isso. Somos pó mágico que voa ao encontro de Deus. Passamos pelas pessoas. Somos adoradas, amachucadas, odiadas, amadas.. E nele, no pó mágico, revejo-te. Obrigada. Dizem que dá azar agradecer. Pois bem: obrigada. Porque mereces e muito mais. Podia passar a vida a a dizer-te obrigada. Obrigada, Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obriga, vou dizê-lo até cansar-me, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada,obrigada, obrigada, obrigada, obrigada,obrigada, obrigada, obrigada, obrigada,obrigada,obrigada,obrigada,obrigada,obrigada,obrigada, inês,obririgada,obrigada,obrigada,obrigadamobrigada,obrigada,obriga

"The pen must have slipped to the side"

Carisma

Sábado...
Hum uma ida ao aeroporto um pouco atribulada. Tivemos para variar ( isto é verdade!) de entrar em contacto com a torre de controlo para pedir autorização ao comandante para que a reabertura do embarque fosse autorizada...e mais uma mala abandonada no aeroporto...por falta de tempo para o check in!
Esta história repete-se há anos! Não percebo este stress e este carisma...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Velveteen


Quando oiço "Baby I don' t care" penso no número de takes da pobre Wendy James para acertar no "Waoooooooooo" a abrir o tema.

Se repararem bem, tem aquele... timbre semi afónico.
Ultimamente roda e roda vezes sem conta no meu leitor o Velveteen.
Obrigada pelos últimos comments. Cheguei a pensar que talvez me tivesse despido sem me ter dado conta de tal....É frequente duvidar de mim ...e geralmente não confio em mim:)
Mas tentem perceber...eu sei que é difícil. Podem confiar em mim. Eu é que não posso confiar em mim. Mas isso já é algo entre mim e Mim.





quarta-feira, novembro 22, 2006

A língua

Ok amigos, aqui vai a melhor da semana ( tenho de partilhar isto!): parece que me viram cantar na televisão...nua...
What the f***?!
And what else?
Mas o melhor é que isto foi contado à minha mãe por uma senhora "idosa" (fresca, com certeza...). Ou seja, esta senhora vê programas de televisão nos quais as pessoas cantam, assim como vieram ao mundo....Agora, pergunto: digam-me lá que programas são esses, que não tendo tv cabo, de certo, estou a perder programas muito ... sui generis...
Ok...desde que ande aí pelas bocas venenosas do país, é uma honra:)Façam-me o favor de continuar a pedalar com a língua.

terça-feira, novembro 21, 2006

Bah:)

Bah..hoje não há poesia. apenas descanso merecido. Bem merecido.

Bandas que odeio:
Odeio Beatles (dá me sempre a sensação de estar a ouvir um bando de meninos colegiais)
Oasis (aquela voz parece um giz mal afiado esmagando-se insistentemente num quadro de escola).
A música clássica geralmente dá-me dor de cabeça, à primeira.

Estou a a ouvir uma versão de Manic Str Preachers de "Suicide is painless", muito bem conseguida retirada de uma banda sonora (ANATOMIE 2-Esta é a versão para MASH...que eu desconhecia), daí ser fanática por bandas sonoras, porque é nelas que acabo por descobrir sempre algo de extremamente compensador: uma nova banda, uma nova versão, uma remistura. Geralmente, o vício custa-me caro. Dos 20 euros que gastei, retiro apenas uma faixa. Sim 20, no mínimo, e porque as bandas sonoras são na sua maioria importadas.

Nestes anos, apercebi-me que as melhoras bandas sonoras, são as de filmes de terror. Têm geralmente versões com participações especiais, e bandas que estão para "rebentar" no curto prazo. Depois seguem-se os filmes alternativos...o underground cinema...e com ele abandonamos a música de peso para seguir ao encontro daquela que muitos consideram a alternativa.
A alternativa...! É tudo tão relativo:)
Ah by the way, não tenho TV cabo. Estou completamente a leste do mundo. (Os meus amigos costumam dar-me os parabéns- é pq não perco muito). Portanto, é excusado virem-me contar ou perguntarem-me acerca disto ou daquilo, porque se vi, foi em sonhos:)


Encontro valor em todas as bandas que citei e afirmei odiar.
Odiar não implica desvalorizar. Bem pelo contrário.

Bed time.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Espetar-me

O cabelo cresce. Cresce à medida do peso das preocupações. Anyway. Fujo para Moçambique em última instância. Ajudar quem precisa. Talvez lá chegue e repare que quem mais precisa sou eu! Ironia do destino, seria a máxima (sentença) a aplicar.
O cabelo cresce: as pontas têm de ser cortadas, talvez recortadas. Fazer-me desenho.
Hey fazer-me desenho, pintar-me em jeito de sol! Adorava espetar-me entre as nuvens e olhar-vos discretamente. Olhar as planícies, montes e superfícies côncavas, que vos embalam, dia após dia, noite após noite: assim como uma mãe para um filho, olhar-vos dormintando, alertas ao mais ínfimo tremor, à mais sentida batida de coração, pulsar, respiração.
Talvez já lá esteja: pintada disfarçadamente no espelho do vosso coração.

To Daniel C. Muller: às vezes penso o quanto nos odiávamos. Ódio de adolescentes...amor, ódio? Recordo -me de ti ao pé de mim. Sempre sentados lado a lado, confundindo-nos com a mesa de carvalho endurecida pelos anos passados, escravizada pela tinta, pela pressão das nossas mãos ao encontro de ...não sei. E recordo-me numa aula. Atirei-te ao chão, e nunca mais te esquecerei, deitado no chão. O espanto...de ambos, é algo que me é difícil e inútil esquecer.

Biomedical illustration By Daniel C. Muller

domingo, novembro 19, 2006

No quarto

Há umas semanas, passei a tarde num lar de idosos, de visita a um familiar afastado. Confesso, estive quase para cancelar. Felizmente que não o fiz...
Um lar de idosos, é ...sem palavras. Só rosto. Basicamente, o que se leva no coração, é o retrato do rosto desgasto, algures perdido no tempo e no espaço, num fundo esbranquiçado também ele perdido no tempo e no espaço, desgasto. O branco da memória.
Estou praticamente a fazer anos...e esta visita fez-me pensar...relativizar. Tenho aprendido e evoluído muito com o passar dos anos, e espero manter ou acrescer essa cadência de conhecimento. Contudo a minha máxima mantém-se e tem sido o sustento dos ciclos da minha existência: relativizar. O segredo da vida é: relativizar.
Só não aprendi nem quero aprender a relativizar quando passas por mim no quarto. De olhos fechados, derreto ao som do passo. Do contrapasso. Shame on me. So silly.

Wrong

What is wrong & What is right?
Tell me.

Thought of the day...Nutella and ____________(please write your name)

sábado, novembro 18, 2006

WATCH ME

"YOU WATCH ME PLAYING GUITAR, AND YOU SEE WHAT MY FINGERS CAN DO... AND YOU WISH YOU WERE THE ONE...I WAS DOING IT TO"

listening to

Dancing with the Dead - PAIN

sexta-feira, novembro 17, 2006

The Virus - By More Than A Thousand



No impasse desta noite, repousas. Perto de mim, perto de um sim, ma non troppo.


Tenho a cabeça feita em cimento. O Coração de seda, não chega para mudar o mundo. Queria que a terra rodasse ao contrário. Para te encontrar.


http://www.myspace.com/pixelate

terça-feira, novembro 14, 2006

Sweet Home Alabama

Sweet Home Alabama.. du dud dud du du....na na nana

Não sei se é a guitarra, se é do groove...transcende-me!
E acabo por gostar de todas as versões. Todas elas...

http://www.youtube.com/watch?v=huLklsj_5HI&mode=related&search=


"Sweet Home Alabama" is a song by Southern rock band Lynyrd Skynyrd that first appeared in 1974 on their second album, Second Helping.
"Sweet Home Alabama" was written partly as an answer to the songs "Southern Man" and "Alabama" by Neil Young, which were critical of the South. "We thought Neil was shooting all the ducks in order to kill one or two," said Ronnie Van Zant at the time. (Dupree 1974) Van Zant's musical response, however, was equally thought-provoking, as it includes ambiguous references to governor George Wallace and the Watergate scandal, which have generated discussion over the years. Despite (or perhaps aided by) the debate over the song, it has become one of the most popular Southern rock songs in rock music history. It reached the top ten of the US charts in 1974 and was the band's first hit single. [1]
None of the three writers of the song were originally from Alabama. Ronnie Van Zant and Gary Rossington were both born in Jacksonville, Florida. King, a former member of the Strawberry Alarm Clock, was from Glendale, California.

A Migalha

Yes..a ouvir Misfits ....estou deslumbrada com o mundo que nos rodeia..com o mundo que abraça esta migalha: Portugal.
Hey não fiquem escandalizados. Somos nobres, mas somos uma migalha. A migalha também se poupa...de horrores. Vejam o lado positivo. Um caçador mata um coelho. Não mata a borboleta.
A borboleta é apenas perseguida pelos coleccionadores. E aí...diria que a morte compensa. Ficarmos embebidos numa qualquer substância, para a eternidade ..iui....um tremor no cérebro cerrou-me os olhos...
São 1 e 10...Podiam ser 1 e 15. Tanto faz. Oiço o Underwater e não me reconheço....aquela..não sou eu. É a outra. Era eu...mas ela está substancialmente embebida numa qualquer substância. Hey you won't get out, no matter what you try...no way!
Contudo penso que ela existe por aí...repete-se no olhar de uma mulher, de um homem, de uma criança, de um cão, gato, planta....sim as plantas têm o seu olhar...tenho aprendido isso, faz algum tempo.
Ordem do dia: Dormir! Olhar e dormir:)

PS: sou daquelas que comem as migalhas, enquanto o pão repousa na mesa.

domingo, novembro 12, 2006

Extintas



A "minha" cadela em 1978. Tenho imensas saudades, do tempo que passámos juntas. Ela era meia raposa. Era da minha avó, de quem tenho imensas saudades.

Saudade: lembrança triste e suave de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de as tornar a ver ou a possuir.

Vicious One

A teoria da Sobrevivência, é disso que falarei num futuro próximo. A Luta pela sobrevivência é algo que contraditoriamente nos aniquila. Tento lutar para viver, mas acabo por lutar para sobre viver...Viver para além de água e pão. Quem luta por mais do que água e pão, está a cavar lentamente a sua sepultura. A sepultura de um espírito livre e feliz.

Ok lembrei-me e penso que não partilhei o concerto de Muse...Sou suspeita..adoro-os. Adorei o concerto. O recinto do Campo Pequeno, não me seduz, pelas difíceis acessibilidades...credo! Isto não vos interessa para nada. Enfim, o concerto de Muse foi lindo. Nessa noite, fui sozinha. Está tudo falido. Eu tb, mas estou falida moderadamente...Ainda dá para gerir a falência...:) e alimentar o vício. O vício...pois...não há falência que ampute um vício. Salvaguardando o anonimato, sei o que é o vício. Beijei o vício. Tenho o hálito impregnado na minha memória. É injusto não nos conseguirmos livrar dele. Amei-o sinceramente, até perceber que o vício não me amava. Ama-se a si próprio. Ainda ontem, encontrei-me a beber café . O vício tinha os olhos postos em mim, num corpo dominante. O olhar em chamas sobre o meu corpo frágil, sobre um corpo puro que sustenta o peso da consciência. Deixei a bica a meio e fugi...

Narc

Ontem de noite, fui assistir a um concerto de um amigo no Santiago, e curiosamente após o mesmo, ouvia esta faixa dos Interpol, uma das minhas preferidas.
Narc.
Narca isto:

http://www.youtube.com/watch?v=rxrBE8X1PMI&mode=related&search=

She found a lonely sound
She keeps on waiting for time out there
Oh love, can you love me babe?
Love, is this loving babe?
Is time turning around?
Feast your eyes, I'm the only one
Control me, console me
Cause that's just how it should be done
Oh, all your history's like fire from a busted gun
Show some love and respect
Don't wanna get a life of regret
But baby you can see that the gazing eye won't lie
Don't give up your lover tonight
She found a lonely sound
She keeps on waiting for time out there
Oh love, can you love me babe
Love, is this loving babe
Is time turning around
He slips into the bedroom
And you know he misses alright
Old names, we'll make sweet
Will sustain us through the night
Inside my bedroom baby
Touch me, oh tonight
Poses we'll make soon
Will reveal our sense of right
You should be in my space
You should be in my life
You should be in my space
You should be in my life
You could be in my space

Call Me

http://www.youtube.com/watch?v=UArJpA9wm-w

sexta-feira, novembro 10, 2006

Leonardo's Bride

I love this song...achei-a numa banda sonora...mais uma...Brokedown Palace

Don't be confused by my apparent lack of ceremony,
My mind is clear.
I may be low or miles high off in the distance,
I want you near.
I love you, even when I'm sleeping.
When I close my eyes, you're everywhere.
And if they take me flying on the magic carpet, see me wave.
If our communication fails I'll re-connect it, I want to rave
I love you, even when I'm sleeping
When I close my eyes, you're everywhere
No matter where the road is leading us remember,don't be afraid.
We have a continent that sometimes comes between us, but that's ok.
I love you, even when I'm sleeping.
When I close my eyes, you're everywhere.
When I close my eyes, you're everywhere.
Don't be afraid, don't be afraid.

Leonardo's Bride

quarta-feira, novembro 08, 2006

O mundo é um sonho

Aproveito a hora de almoço para escrever, a ver se alimento. Confesso que este blog é um caos, assim ao estilo da vida. Tem um pouco de tudo, assim como eu: doses de transparência, loucura, mistério, raiva, amor (muito amor), doses de incoerência.
Ouvi dizer...que os efeitos da crítica são algo perigosos. Quando alguém critica, esse alguém, dos 100 % de matéria em observação, apenas foca-se na diminuta percentagem de matéria "chumbada" levando a crer que essa fasquia é o todo.
Os telefones tocam...
Respondo. Ninguém fala...fala sim...fala silêncio. Fá-lo silêncio. Cala a alma para que ninguém a descubra.
Mme Olafá...esse mistério. O Tiago está a pensar mandar imprimir a inscrição "Mme Olafá" na sua t-shirt. Ela é um mito...na nossa sala de ensaios....telefona, para todos os números: fixos móveis, skype, Voipbuster...enfim gera-se uma panóplia de sons. Acabamos por beneficiar de um sampler totalmente grátis às horas de ensaio. E não só.
Contar-vos mais acerca de mim: Vivi na mítica Rua da Fé de 1981 a 1991. 10 anos a conviver com um inolvidável espírito bairrista, com a mais depravada prostituição da Capital. Recordo-me tão bem: aos 8 anos de idade, a caminho do Liceu ...a cada passo, correspondia um espécimen. Umas bocas dirigidas à minha virgindade. Lá estavam elas: à espera, à espera. Regressava a casa, e continuavam. Mais umas bocas, e a eterna espera. Penso que naquela altura não se facturava tão bem. Porque me recordo, passavam mais horas a olhar do que a exercitar a sua actividade, embora acredite que parte do pleno exercício destas senhoras era de facto ornamentar as portadas. É claro, que chego a esta idade, e sinto que sou em parte a Rua da Fé: as putas (desculpem o termo, mas o impacto tem de ser gerado...), o António da Mercearia, o José Antiquário ( que acabou por nos comprar uma parte significativa do recheio da casa), a D. Aurélia ( que nos limpava o esqº e dtº.), o António Variações (que era o barbeiro da zona- sim! o famoso António Variações- A canção do engate), o cinema S. Jorge, o Condes e o Tivoli (saíamos de casa sempre, mas sempre, a 1 minuto do começo da projecção do filme). Foi nesses cinemas, que a minha mãe, o meu irmão e eu descobrimos que o mundo é um sonho.

terça-feira, novembro 07, 2006

Novo dia

Afinal....o meu carro está de volta...nao tarda a chegar dentro de minutos. Como tal vou aproveitar para escrever...
Escrever que fiquei muito feliz com o prémio MTV atribuído aos Moonspell. Acho que o prémio é merecido exponencialmente. E aqui, nao me vou alongar mais, porque claro, sei que sou suspeita nesta matéria.
Estou igualmente feliz porque amanhã é um novo dia.Estou igualmente feliz por termos discutido tão agradavelmente entre amigas e cobaias o Retrato de Dorian Gray. Curisoamente nesse dia, Oscar Wilde tinha-me aparecido...pois ainda não enlouqueci, meus caros. Foi apenas uma aparição no Filme "Paris Je t'aime". E curiosamente, ele aparece-me no cemitério onde foi sepultado. Père Lachaise...a uns poucos metros da Clínica que me fez nascer.
O carro já chegou. Vou.Beijos

Dôda

Sou mesmo uma tonta.Tão tarde... Uma "dôda"...bem vou por-me a caminho de casa que hoje é mais longo. É a pé. Pé a pé...e está um frio de rachar. Sim porque para variar, o carro desapareceu. Talvez regresse amanhã...isto de emprestar o carro na tentativa de ajudar tem muito que se lhe diga! É, agora sou a cinderela...ao chegar a casa, o sapato talvez me sirva de tanto espezinhanço sobre a calçada. E na tentativa de me por em casa até à meia noite, talvez a carroça de um qualquer transeunte se transforme em abóbora(ou abóboda?). Eu até gosto mais de abóbora.
Amanhã é um novo dia.

RIP Idalina Gomes

Esta noite, com a alma em chamas, chamo por ti na esperança, que no desejo, te ressuscite. O olhar embebido por um sentimento pouco familiar. O teu caminho esse sim , familiar. Em 1998, o meu irmão, teu colega de missão partiu, como tu, à conquista de um sonho: a partilha. A partilha do amor, do saber. Rumo a Moçambique, Cuamba, deixou-se para trás, levando apenas na bagagem, o seu coração. Nós, nós ficámos. Ficámos a ver, durante dois penosos anos, envergonhando-nos das nossas pedras mecânicas ao rubro num corpo de cimento que nos enterra os pés bem no fundo da terra. Sem sonhos de partilha. Mas com o olhar posto no céu. Esta noite, a minha pedra mecânica roça-se por dentro contra as paredes da minha carne. E penso, penso no que estarão a sentir...todos: os que te mataram...se esta noite, o encosto das suas cabeças lhes pesa mais? Se o pescoço que sustenta a memória, roçará irritantemente sobre a fronha? A fronha da memória? E...os que te amam...é por eles que nesta noite vou pedir ao Céu. Vou pedir-Lhe que te abraçe pois és uma nuvem de vida. Que te abraçe, para que não te escapes da nossa memória, para que fiques pintada eternamente, como efígie do Amor que nos pode unir, a todos. RIP Idalina Gomes.

sábado, novembro 04, 2006

Best...The Number of The Be(a)st

Uma semana extenuante, contudo excitante. Alegre. Sinto-me desesperadamente exausta. Viva exausta. As dificuldades crescem desesperadamente na tentativa de me possuírem desalmadamente. Luto. O cursor escapa-se. A vista também.
Coisa muito boa desta semana: And the winners are Moonspell
Pelos
Anos a
Remar,
Apaixonados, são hoje
Best Portuguese
Enchantment &
Navigator
Souls

terça-feira, outubro 31, 2006

Esther


ESTER LEÃO

Ester Eusébio Leão nasceu em Gavião em 1892 e era filha do conhecido médico e diplomata gavionense Francisco Eusébio Lourenço Leão, que foi o primeiro Governador Civil de Lisboa após a implantação da República.A sua grande predilecção foi sempre o teatro, tendência que a família contrariava, da qual foram os seus principais opositores o seu pai e o seu tio Ramiro Leão, conhecido comerciante de Lisboa. Apesar do entrave familiar, e ainda muito jovem, Ester Leão tomou a decisão de seguir a carreira teatral, o que causou um grande escândalo nos círculos de elite lisboeta. A estreia dá-se em 1913, no Teatro República, com o peseudónimo Ester Durval, interpretando, ao lado de Augusto Rosa, a protagonista de O Assalto, de Bernstein. A sua natureza irrequieta e caprichosa fê-la afastar-se do teatro, a que só voltou em 1920, integrando o elenco do Teatro Nacional já sob o seu verdadeiro nome, na peça Maria Isabel, de Américo Durão, cuja protagonista encontrou nela a interprete ideal. Na década de 20 o público assistiria ainda a vários êxitos desta actriz com as peças A Filha de Lázaro, de Norberto Lopes e Chianca de Garcia; Alcácer-Kibir, de D. João da Câmara ou o Pasteleiro de Madrigal, de Augusto Lacerda.Em 1931 criou a sua própria companhia de teatro onde leva à cena Duas Chamas, de Tomás Ribeiro Colaço. Constitui depois uma companhia que põe em cena, no Teatro S. Carlos um reportório exclusivamente formado por originais portugueses em estreia: Rainha Santa, de Rui Chianca, Mascarada, de Ramada Curto e Divórcios de Lorjó Tavares. Cinco anos mais tarde, o seu espirito aventureiro e irrequieto levam-na ao Brasil para não mais voltar. Começa a trabalhar como primeira figura da Companhia Luís Iglésias-freire Junior e assume a direcção do Teatro Académico, patrocinado pelo governo brasileiro. Tornou-se pioneira do ensino de dicção no Brasil e entre os seus alunos contavam-se presidentes da República, ministros, deputados e actores.Depois de três anos de parelesia e de sofrimento, Ester Leão faleceu no Rio de Janeiro em 1971.

My sweet prince

My sweet prince

Escrevo e apago como uma onda que se apaga na praia e volta incessantemente ao encontro do perigo. Confesso, sou uma nódoa de mar alto. Uma nódoa de gasóleo odorífero. Uma presa do mar. Canto às ondas para as encantar. Para que o meu ritmo as leve a reconsiderar: apaguem-me, nem que seja em alto mar.

Natas

Há natas e natas. E há pasteis. Pastéis com muita lata. Obrigada Luís pelas palavras de apreço. Desculpem a lata, mas o meu discurso no CC teve o seu impacto tal como o projectara. Só não projectei o espectro, apenas a intensidade. O espectro é coisa do acaso.

O teu nome

http://www.star28.net/snow.html

A Pedra

Visto o casaco. Pego na pedra, e abraço a sensação de frio que nela jaz. Saio e passeio-me pelas ruas. Ninguém dá por Ela. Ela é uma pedra, dura demais, forte demais. Negra demais. Mas é perfeita nas linhas que a abraçam. Suaves linhas que seduzem a dureza, o gelo. Passeia-se pelas ruas de Arte Nova, talvez ao encontro de arte rupestre. Ela é pedra, que podem partir. Podem dela servir-se, para qualquer fim. Embora a possam partir, Ela é eterna. Podem partí-la. Ela agradece. Dela nascerão pedrinhas, como um caminho trilhado, um atalho para a eternidade. De pedra, nasce a Pedra.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Without You

Esta dedico-a a vós.


http://www.youtube.com/watch?v=ovBZfz8alv8

Sacanas

Sacanas
Devem ter posto algo na bebida...estou tonta, e vim escrever para ...para ver se me passa...2 coca-colas leva alguém a este estado...?
Conheci a Priscilla: uma surpresa agradável que sabe bem receber. Gente jovem...a mais. Docas, grr..que briol...já nao punha a minha alma singular num antro como as docas há ...4 anos. Sou eternamente agradecida à revista que nos cedeu 2 páginas, e sei, porque trabalhei numa publicação (Rock Sound- Bela escola de vida), e 2 páginas são um gesto de apreço brutal. TY
Rock Sound...ah ah ..ainda não estou tonta que chegue para vos contar as maiores verdades, as maiores mentiras deste mundo...talvez seja por isso que me tenha agarrado com unhas e dentes às notas, às harmonias que são terrenos virgens, sobre os quais ninguém pisa. Ninguém as consegue adulterar...Com contratos ou sem contratos, com concertos ou sem concertos, com todas ou nenhuma atenção, a música, como "dirias" é eterna. Marco, esta frase é a frase do dia e foi por ti pronunciada como ninguém. Não por seres tu, mas porque disseste em timing certo.
A música é eterna. Como diriam os Placebo, e uma vez que ando a recordá-los com alguma insistência, aqui vai: Without you , I am nothing.

terça-feira, outubro 24, 2006

BB King

Amar um morto


Oiço incessantemente Vancouver de Jeff Buckley. São horas das horas do dia se aconchegarem à noite...Ouço-te como se te tivesses deitado a meu lado, ...com o teu corpo afogado no meu...dois sorrisos entre lençóis...sopras-me na nuca, e a tua paixão desliza como o mar no infinito.
Talvez seja mais fácil amar-te morto...talvez seja mais fácil comunicar. Porque o silêncio é uma gruta oca. Negra e sonante. Rendem-se os meus olhos à guarda de um anjo. Suspiro um último soneto, e entrego as minhas armas a Quem sabe. O corpo repousa. A alma pousa no teu olhar, para no dia seguinte, acordar. Para que a minha alma vá divagar e fazê-los acreditar que é mais fácil amar um morto.

domingo, outubro 22, 2006

Best Guitar Player

Daniel Martin Diaz

"... the work of self taught Mexican-American artist Daniel Martin Diaz ".... is broodingly personal" with "...a compelling, esoteric edge." -The Los Angeles Times

A minha grande fonte de inspiração: Daniel Martin Diaz.
Presenteou-me ontem à noite com uma singular mensagem. O seu trabalho é espantoso pelo que vos convido a visitá-lo. E o que mais distingue um artista, é quando a sua singularidade artística lhe atravessa igualmente a espinha dorsal.

http://www.myspace.com/danielmartindiaz

sábado, outubro 21, 2006

Um canário

O dia de hoje está marcado pelo dia do melhor comentário: um amigo escreveu dizendo me que começava a achar que provavelmente eu teria engolido um canário à nascença. Isto referindo-se às minhas cordas, claro...não sou papagaio, nem nunca alinhei com galinheiros...not my type.
Também achei curioso: parece que os CM foram transmitidos na SIC notícias. Eu como por hábito, não dispondo de Tv por cabo, perdi o nosso minuto de glória. Enfim, assim dificilmente os meus pés descolarão deste pó bem firme.
Mas como passei o dia a pensar, a deambular...levantei vôo e muito dificilmente regressei ao futuro. Mas regressei, com uma lágrima microscópica no canto do olho. É uma lágrima cibernáutica. Tende a viciar.

terça-feira, outubro 17, 2006

The River Boat

Não sou dada a jogos de azar. Basta-me a vida. Mas recordo 1993: com vinte anos, tinha acabado de ingressar na maior aventura: os NUA. Éramos 5: o Vicente, o Paulo, o Mário, o Pedro e o Bruno. (Até o Caveirinha (The Temple) , chegou a fazer-nos back vocals, ao vivo, e em gravações no mítico e perturbante Rec'n Roll dos irmãos Barros). Todos eles, praticamente comiam do pão que o Diabo amassara, passo a expressão. É sem dúvida a melhor que se adapta ao trajecto. Todos eles, ambicionavam umas noitadas um pouco mais adocicadas pelos prazeres da vida que apenas se despem para um número restrito de seres. Éramos loucos, pelo que agora, somos exponencialmente loucos. Após um dos primeiros ensaios nos estúdios JAP (Moscavide lost city!), resolvemos seguir para o Casino do Estoril. Talvez ambicionando iludirmo-nos ao som de Slot Machines ávidas de falhas de personalidade. Autênticas viroses ao nosso dispor. Recordo-me: uma senhora dos seus 60 anos. Blonde, lama de cor na face. Ao sentar-se perante a virose, recordo-me de vê-la como se o mundo acabara ali: aquela criatura à mercê de não sei o quê. Esse não sei o quê: o azar. Da nossa sorte, o azar resolvera bater-lhe à porta: tínhamos ganho 250 c0ntos. Com uma única sortuda moeda. E nessa noite, descobri uma das mais singulares equações da vida: a minha sorte é o teu azar. A minha infelicidade gera felicidade e a tua felicidade gera a minha infelicidade, como se de uma balança de contra-pesos se rege a vida.
Para os mais curiosos: naquela noite, como teremos ido adocicar-nos? Certamente não irão acreditar, mas foram 4 dias, e a quantia de 250 contos em hamburgers e fried potatoes (já que estou numa de estrangeirismos) num fast-food que havia na Rua da Misericórdia: The River-boat.
O barco do rio: os NUA tinham uma música lindíssima e que contava que a Lua se tinha apaixonado pelo Rio. Seguia, embora presa ao céu, o Rio, embora preso à corrente. É o que a vida é. Seres apaixonados, presos.

domingo, outubro 15, 2006

Justo

Sim , uma noite passada no hospital , sem dúvida ao contrário do que seria uma disco night, uma valsa de sentimentos se atravessou.
Pouco importa: são estes pequenos incidentes que nos levam a relativizar. Tudo pouco importa. E quando se toca o céu, jamais se quer largar a corda atirada.
Nunca mais a largo.
É bom saber que alguém do outro lado da imensidão oceânica (talvez guardiã de tesouros) nos ouve e nos sabe tão bem apreciar. Obrigada Nuno.
O fim de semana não é mais do que o princípio. Um novo ciclo, uma nova estação, da qual, partem variados comboios, todos eles portadores de uma mensagem. Será que esta semana, decido levantar o pé e embarcar no comboio do amor. O amor térreo. Pois, porque no amor celeste, já nele me atirei aos vinte.
Os vinte foram sem dúvida a viragem, o renascer da minha pessoa. Foi numa noite de semana. Recordo-me. Estava despreendidamente deitada.
Foi um trovejar....como agora. E agora, chove. Chove vários dias ao ano. Espero que o céu nunca seque.
Vou começar a falar um pouco mais acerca de mim, para que me possam conhecer um pouco mais. É justo. Descarado mas justo. Descaradamente justo.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Silly woman



You, in my silly mind.

Photo: by Luís Salzedas

In (cómoda)

....-----.......
escrevi um post de uma página inteira...acho que a verdade era tão verdade, que o post não se concretizou por ordem de superiores. É a teoria da conspiração, marca distinta de myself.
Bem basicamente, falava de uma vida bipolarmente percorrida. Mais não posso dizer,para que este post vá ao encontro dos nossos olhos. Não sei, que te diga Mr. X.. Escrevi que me fizeste rir ao confessares que o post de ontem esboçou-te uma pincelada em forma de meia lua acordada. E que essa pincelada é o retrato de um ranger a acordar para o sonho.
E mais, pedi-te que não sonhasses comigo porque a minha missão já fez check-in. Que gosto muito de ti, sem te conhecer muito ou nada. Porque não sou uma pessoa cómoda.
Bem se este post, não acordar, ...it was meant to be:)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Espera que desespera

Era suposto não estar aqui convosco a estas horas...mas há como que um arrepio a atravessar-me a espinha...não sei se é a chuva a afinar...se sou eu ou a espera que desespera. O nosso (Cinemuerte) domingo foi passado perto da Praça da Alegria, numas catacumbas numa photo session para a revista Gente Jovem. Penso que o artigo sairá na edição de Dezembro. Informá-los-ei até lá. As fotos são da autoria de Luís Salzedas. O artigo...confesso não saber.
Já agora, aproveito para informar que não sou casada com o João dos Cinemuerte. O João é casado e bem casado:) É pai de um baby cinemuerte!
Há quem tenha levantado essa questão por diversas vezes, e achei por bem desmentir o rumor que se instaurou.

terça-feira, setembro 26, 2006

Who knows



Ui...me @Santiago...mas estava provavelmente com a mesma cara esta tarde...

By "Who Knows?"...que o autor se acuse pf...

Mil abóboras

Há dias que aquela máxima, "valia mais a pena ficar em casa" se aplica na mais perfeita sintonia do azar...grrr...encontrei-me algures numa localidade chamada Ataíde ou althaíde(sei lá) perto de outra localidade de nome bizarro Abóboda. Preferia que me chovesse do céu mil abóboras! O meu tanque de guerra começou a aquecer de tal modo que pôs-se a desafiar-me para um dueto...O meu carro portou-se muito mal esta tarde...Carro! Nunca me traíste desta maneira...fizeste-me passar a maior das vergonhas...como foste capaz? Assobiavas, assobiavas como um desses malandros de andaime aos piropos. Obrigaste-me a esperar por ti durante mais de 2 horas à hora de ponta plantada à beira da autoestrada junto de umas barracas e rodeada de couves! Couves...quais flores! Couves!
Só a minha paciência te levou a bom porto. Podes agradecer àquela que melhor assobia.
A Sophia

Music of the day: "The ghost of you" My Chemical Romance

Tastes Foreign

Foto by L.Salzedas @ Santiago Alquimista












Digital Bath / Deftones

You move like I want to
To see like your eyes do
We are downstairs where
No one can see
New life breakaway
Tonight I feel like more
Tonight I
You make the water warm
You taste foreign
And I know you can see
The cord breakaway
Cause tonight I feel like more
Tonight I feel like more
Feel like more
You breathed
Then you stopped
I breathed then dried you off
And tonightI feel like more
Tonight

by Sage865711916 on 06-07-2002 @ 07:25:45 PM
I think this song relates to how easy it is to just be completely immersed in someone, to completely fall in love and make them the only person in your life, and then how easy it is just to throw it all away at a whim. It's about how simple and yet how complicated a relationship can be. But still, even if you do decide to throw it all away, a part of you will still care for the person, and that's why this girl is "dried off" in the end, despite the fact that she's been killed.


by Skatbord17 on 03-18-2002 @ 04:18:20 PM
Chino had a dream about seeing a chick in a bathtub. He then dreamed about himself walking into the bathroom and droping somthing in the water to electricute her.


by asmodai on 03-26-2002 @ 11:35:34 AM
yeah cool song.to me it's 'bout being in love and being with your love downstairs, where no-one can see. one of the best deftones songs


by *Iris* on 04-13-2002 @ 03:17:24 PM
This is a great song but it think it's deaper than it seems....I think it's about being completely infatuated with someone, so much that you want to "see like their eyes do" and I think maybe this is the first time these two people are having sex because he says "tonight I feel like more"....he says she "tastes foreign" and this also leads me to think it's the first time he's tasted her like this....I think alot of the deftone's songs are sexual but i think this one is more about pure infatuation and lust....

by Ben0008 on 05-09-2002 @ 03:41:40 AM
"... We had this bathroom that merged Abe's room and my room together, and we spent a lot of time just hanging out in the bathroom, staying up and partying all night. I came up with this scenario of luring a female friend down into the bath and electrocuting her. It's a beautiful song, but it does have a sinister side." - Chino Moreno

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ice Women

Nas mulheres que me rodeiam, revejo-me. Revejo a força, o espírito lutador intrínseco que me distingue dos restantes mortais, e que de certa forma, confere-nos alguma imortalidade. A imortalidade da nossa beleza interior, da nossa tolerância/paciência. As armas que vestimos para enfrentar os dias da sobrevivência. Um homem frequentemente diz querer ser independente, julgando ser-se capaz. A mulher mais do que capaz, tem de ser capaz. É-lo frequentemente à força, sob pressão, mas é-lo...Corrijam-me se este "é-lo" está incorrecto, mas as horas tardias não me permitem criar um elo de ligação (cuidado!redundância assumida) com o mundo dos awake...
Voltando à questão, que não é questão. É facto: as mulheres surpreendem-me sempre pela positiva e é nelas que me inspiro, nomeadamente se as vejo a sofrer. Somos como crianças perdidas num mundo de crueldade, como se integrássemos um "La cité des enfants perdus". São 00h36 e o dia da sobrevivência presta-se brevemente a sobressaltar-me. Bons sonhos.
P.S.: Rui, quero agradecer-te a originalidade. Enfim...o que queres que te diga? Nunca ninguém me tinha enviado uma receita para me animar. Teve sim os seus efeitos:) Creme de Gelado de Amendoim e Café. Quem diria...
Se um de vós se quiser encontrar comigo em espírito, façam o favor de ouvir o "Love You to Death" dos Type O Negative que é que o que mais tem rodado a 33 rotações nesta cabeçinha pensadora que vos assombra:) As receitas também são bem vindas. Receitas de vida nomeadamente bem vindas. Tenho 33 e ****ainda não sei como é que se vive...alguém sabe viver? Confidenciem pf.

quarta-feira, setembro 20, 2006

No mais escuro de mim

Vou contar-te uma história. Estás preparado? Sou o teu pior pesadelo, uma forma uniforme que te deseja, que no mais ínfimo detalhe te procura, e te encontra por aí algures. Sentes? Sentes? Ouves o que oiço, que mais ninguém ousa ouvir? Estás fechada cá dentro como uma gota de sangue, quente, aconchegada nas veias que tecem o meu corpo ardente, gota que que não quer sair ao encontro do incidente. (suspiro...eu suspiro um bafo quente de odor ardente). Sentes o ar que me abraça, um prolongamento de mim, daquilo que não conto. É o ar da paixão. Acima do chão, jaz o meu espírito. E dia ápós dia, odeio-me por não te conseguir apagar. Apago tudo, e me disponho a pagar para me apagar e te arrastar à história. E tu não apareces, ao não apareceres, cada vez , mais cresce o ar que me afoga de desejo.
Odeio-te. Ó dei-te um sinal, e que sina altruísta me cravaste na pele. Este desejo de ti cresce, desce ao mais escuro de mim. Quando é que apareces...no mais escuro de mim?

terça-feira, setembro 19, 2006

Frutos da Loud

Parece que o meu discurso em directo na edição deste mês da Loud já deu os seus frutos, a bem ou a mal. Chegou correspondência à redacção da Loud ao meu cuidado, pelo que vos peço para que a mesma passe a ser enviada para o meu endereço electrónico:

cinemuerte@gmail.com

Beijinhos
Let's rock! Back to rehearsals at Refúgio:)

domingo, setembro 17, 2006

The Big White


Confesso não ser grande apreciadora de Dark Comedy, mas este filme é lindo...Recomendo...porque é um fartote de rir...e adoro rir ...aquele rir que nos prega uma terrível dor de barriga, mas que sabe terrivelmente bem!

Martini Dry

True colours are beautiful like a rainbow

Noite de ontem...claramente bem passada com um amigo no Clube Naval de Lisboa com uma estonteante vista para o tejo, e um Martini seco. Zé dos Bóis era suposto ser "the next first experience"...hum...mas esgotado...quem diria?
O Martini foi a primeira...provavelmente ninguém vai acreditar...mas demorei 33 anos para beber o primeiro Martini...questão do acaso...não tinha calhado até à data.
Bebo mais água...há quem lhe chame sacrilégio...ainda bem:)

quarta-feira, setembro 13, 2006

Em troca


By Ricardo Bernardo
Cinemuerte@Santiago Alquimista
2006/09/08

Hi
Olá
Salut

Quero agradecer a todos aqueles que nos têm acompanhado quer com a sua simples presença, quer com o seu dedicado trabalho.
Isto não é a filosofia do "dá-me que eu te dou em troca"...e isso é simplesmente lindo.

domingo, setembro 10, 2006

Metal Bus Tour


Thanks pela Foto Metal Bus Tour.

Cinemuerte Bus Tour @ Santiago Alquimista
Lisbon Paatos Opening Act 8 Sep 2006

http://www.myspace.com/metalbustour

More Than a Thousand


Quase todos sabem o quanto adoro os MTAT.
More Than a Thousand Hollow me!
Próximo Gig MoreThan a Thousand
14 Oct. 2006 Santiago Alquimista

www.morethanathousand.com


sábado, setembro 09, 2006

11 de Setembro - Bem alto


LOUD! - EDIÇÃO DE SETEMBRO

O Verão está a aproximar-se inevitavelmente do seu final, mas a nossa vontade de trabalhar em prol do metal parece que não. Consequentemente, as máquinas da nossa gráfica já escorrem tinta de novo, a imprimir a edição de Setembro da nossa/vossa revista. Escolher a capa deste mês não foi tarefa fácil, mas os gigantes astodon acabaram por ganhar ao sprint aos germânicos Blind Guardian e brutânicos Iron Maiden. Outras entrevistas com que podem contar para a próxima edição incluem nomes como Deicide, Terrorizer, Skinless, Unearth, The Arcane Order, Zao, Axel Rudi Pell, Agalloch, Cellador, Lacrimas Profundere, Hammerfall e os portugueses Cinemuerte, Painstruck e The Ladder. A secção de críticas de discos volta a recomendar o melhor de um mês de edição, com destaque para os novos discos de Blind Guardian, Hatebreed, Mercenary, Peeping Tom, Secrets Of The Moon, Slayer, Unearth e Vader. Adivinhem qual é o disco do mês. Neste número a secção de críticas a DVDs é DUPLA, com textos sobre os novos lançamentos de Arch Enemy, Alice Cooper, The Dillinger Escape Plan e Nightwish. Para além disso, existem as habituais rubricas de notícias, Em foco, Eternal Spectator, Discurso Directo (este mês a cargo de Sophia de Cinemuerte), Playlists, agenda e reportagens de concertos, com destaque nesta edição para o Earthshaker Festival, Vilar de Mouros e algumas outras noites bem passadas à frente de um palco. Tudo bons motivos para que o regresso ao trabalho - ou às aulas - não pareça tão desolador. À venda a partir de dia 11.

quarta-feira, setembro 06, 2006

GIGS PORTUGAL

* GIGS PORTUGAL:
PAATOS (SE) + CINEMUERTE (PT) 08.09 - Santiago Alquimista LISBOA
09.09 - Jardim Manuel Faria VIZELA

Alguns guias de espectáculos têm vindo a anunciar o opening act de Cinemuerte para a segunda data de Paatos a acontecer em Vizela. Essa informação é falsa.

A segunda data de Paatos não inclui Cinemuerte com pena nossa:)

Beijinhos.

P.S.: Amigas e amigos: eu estou bem...não estou triste, apenas desencantada, mas tudo vai ao sítio. Só pode estar triste quem não tem água ou pão para a boca, quem adormece ao som do ódio, da guerra.
Aconselho-vos a subir para um telhado, apanhar uns figos com uma vista inesquecível, e aí tudo passa, tudo passa. Foi o que fiz este fim de semana. E voltei à pista do Incógnito (coisa rara) desta vez com os Cinemuerte! Foi hipercooooooool!

segunda-feira, setembro 04, 2006

sexta-feira, setembro 01, 2006

quinta-feira, agosto 31, 2006

Imbatíveis

...tanto para desbafar, que até ontem resolvi desabafá-lo pelas ruas do Bairro Alto, soltando a mente e o corpo ao acaso. Caminhei e caminhei pelas ruas adormecidas do bairro até que entrei num Chinês e perguntei se me podiam servir apenas uma sopa. Queria apenas uma sopa. Sentei-me. A empregada aceitou-me com um sorriso julgando que os meus bolsos estavam vazios. Pouco me importou. Afinal o que mais procurava e encontrara, era a simpatia esboçada de me servirem apenas uma sopa. Sentei-me e quem diria...Reencontrei o tal senhor que em tempos me oferecia rosas, um senhor com quem cheguei a consumir algumas noites no Riverboat. Desde que o conheço, este senhor vende rosas. Conhecemo-nos nos intervalos da solidão. Também ele fazia os seus intervalos. Sentava-se sentava-se na minha mesa, pousava o bouquet, e convidava-me a beber café. Contava-me em jeito de encosto, contava-me a sua viagem. Vinha de longe, Bangladesh, tinha/tem uma família de quem tinha/tem muitas saudades. Confessou-me que as rosas, as comprava a 20 cêntimos, vendidas a 1 euro. Cada vez que o encontrava na noite, lá me oferecia uma. E ontem, achei-o envelhecido e pensei para mim: devo estar na mesma. Mas os nossos sorrisos estampados, esses continuam imbatíveis.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Soft Moon





"Sophia lembras-te eu disse que te ia fazer uma musica :) ja ta no meu space chama-se Soft Moon e faz parte do meu primeiro "album" ( um album que tou a fazer para oferecer aos meus amigos ) e tu tens me dado uma grande força para continuar obrigado por tudo sophia ;) Soft Moon Kisses ** "

Ainda há quem me surpreenda:) Obrigada

http://www.myspace.com/fullmoonn

domingo, agosto 27, 2006

Praia do Creiro


Encerro esta noite, com um sorriso hasteado. Foi um bom fim de semana. Agradeço à paisagem, que nela fiz parte, assim como a todos aqueles que amo.
Praia do Creiro na Arrábida: mar gelado, contudo irresistível. Mergulhei. Body Surf, humilde conhecido:)

sexta-feira, agosto 25, 2006

My Space' s passenger

Nesta noite em que me perco pela net à procura de tudo e de nada. Esta noite, tenho os olhos em chama. Tenho ao meu lado, um electricista brazuca que se vai assustando de vez em vez, à medida que entro em sites inimagináveis. Nesses sites, berram seres. Nesses sites, apercebo-me que o nosso Portugal é uma ilha distante, e é-lo felizmente. Especialmente no myspace, passei a achar-me uma migalha de um pão podre.

O único ponto positivo desta noite: os sustos que preguei ao electricista enquanto trabalha...dá-me adrenalina vê-lo assim. A resposta de um conhecido produtor americano, e esta song enviada pelo André para me animar. Não há melhor animação do que uma tentativa de animação:)


03 - The Blower's Daughter.mp3 From André P.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Ask The Dust



Music for The Masses (Depeche Mode)...excelente onda para uma manhã de trabalho, aqui enfiada entre euros, cêntimos de poder.

Vejam o filme "Ask the Dust"...a Poeira do Tempo.
Um Colin Farrell e uma Salma Hayek de perder o norte. O tema: tensão racial.



http://www.askthedust-movie.com/indexflash.html

quarta-feira, agosto 23, 2006

Intérpretes

"I' ll show you the world in my eyes", assim começa o refrão de uma das mais vibrantes composições dos Depeche Mode. Sim, hoje estou inspirada. A inspiração nasce quando eu renasço.
Halo : grande faixa...dos DM....estou a recordar o álbum Violator....muito à frente para a época.
Uma das poucas bandas que adoro e cujo vocalista não me seduz.
Sim, porque nós vocalistas, somos uma espécie rara, uns intépretes de Deus, os seus fiéis tradutores. Intépretes da dor e do amor.

terça-feira, agosto 22, 2006

Cortar à faca

Ok: já a neura já passou. Confesso que ontem estava de "cortar à faca". Quem não me conhece, estranha certamente algumas atitudes e a linguagem. Quem me conhece, sabe que o meu passado justifica algumas destas manobras perigosas. Uma avó sociopata que cuidava dos netos fez de mim o que sou.
Ainda assim acredito no futuro.
kiss

segunda-feira, agosto 21, 2006

Public Enemy


O meu pior inimigo: eu

Consciente dos meus erros, da imperfeição que me devora dia após dia, odeio-me.
Tu és o que sou. Tu e os teus actos são o reflexo do meu ser. Pois o que fazes resulta de mim.
Tu existes porque eu existo. O teu ser molda-se à medida dos meus erros.
Odeio-me e gostava de te poupar.
Na tentativa de te poupar, de te fazer feliz, vou ocultando a minha existência servindo-me de ilusão. A ver se consigo enganar o mundo, no qual eu vou crescendo incessantemente. A ver se me engano, se me poupo tb.
Hoje, foi neste terraço que estive a pensar em ti. Estava com outras pessoas, sem lá estar. À maneira de um Variações. Tenho muito que aprender com o António. Um homem morto ensina muito mais que um vivo.
To You

Tenho saudades de alguém, de quem não posso ter saudades.

Forget her

Jeff Buckley - Forget Her while the city's busy sleeping all your troubles lie awake i walk the streets to stop my weeping but she'll never change her ways don't fool yourself she was heartache from the moment that you met her my heart feels so still as i try to find the will to forget her somehow oh i think i've forgotten her now her love is a rose dead and dying dropping her petals and man i know all full of wine the world before her but sober with no place to go don't fool yourself she was heartache from the moment that you met her my heart is frozen still as i try to find the will to forget her somehow she's somewhere out there now oh my tears fall down as i tried to forget the love was a joke from the day that we met all of the words all of her men all of my pain when i think back to when remember her hair as it shone in the sun it was there on the bed when i knew what she'd done tell yourself over and over you wont ever need her again don't fool yourself she was heartache from the moment that you met her oh my heart is frozen still as i try to find the will to forget her somehow she's out there somewhere now oh she was heartache from the day that i first met her my heart is frozen still as i try to find the will to forget you somehow cause i know you're somewhere out there right now

quinta-feira, agosto 17, 2006

Visão cinematográfica


Sem dúvida a maior surpresa da história do cinema: Miami Vice. Quem diria...
Miami Vice é sem dúvida uma das mais belas histórias de amor, curiosamente disfarçada.
Ging Li e Colin Farrell alteram-nos o olhar.
A banda sonora recomenda-se pela excelente participação dos:
Mogwai
King Britt
Audioslave
Quem tem visão cinematográfica, tem tudo.

P.S.: o cd da banda sonora não inclui as faixas de Audioslave.Pena:(

sábado, agosto 12, 2006

Video on line

Ok o nosso primeiro video está disponível no you tube...é só fazer uma pesquisa "cinemuerte"

Uma noite bem dormida

Assisti à primeira travagem de emergência num transporte intercidades. Quase, quase que ia dando uma daquelas cambalhotas memoráveis. Tudo isto à entrada da ponte 25 de Abril, porque uma qualquer gaja esqueceu-se de entregar as chaves de casa à mãe e lembrou-se do travão. Surreal. O revisor esse passou a viagem toda a avisá-la que aquele acto irreflectido ia custar-lhe muito caro...que a multa ia ser pesada. Abençoado revisor.
Acreditem que uma travagem daquelas mete respeito, nomeadamente à entrada da ponte.
O resto da viagem pintou-me os olhos de uma bela paisagem de rias e laranjeiras, de casas caiadas de branco e azul.
O cheiro... doce das amêndoeiras. O mar louco como eu gosto. Ondas irreverentes à medida dos meus sonhos, embalando o meu corpo e a minha alma, anestesiando o meu passado.

Parabéns João. You're the baby one today:)

Sinto falta de: os meus amigos...eles sabem quem são e de uma noite bem dormida.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Adoro

Adoro:
Pera em vinho doce
Salada de arroz com atum, azeitonas, abacate, tomate, vinagre de cidra, azeite e mostarda de dijon
Pâté de salmão ou de caranguejo
Sopa de Marisco (a de Pedrógão grande!nada de instantâneos-é só conservantes e corantes)
Tomate biológico
Queijo de Cabra
Azeitonas com pão, envolvidas em oregãos e azeite com alho
Sardinhas assadas mas só a acompanhar com bom pão português (coz.lenha)
Vinho verde à pressão bem gelado
Tagliatelli de Salmão
Tiramisu (o verdadeiro..nada de pré fabricados)
Sumos naturais (todos)
Bife com molho de pimenta e café ( é raro comer carne, mas este é o meu maior pecado)
Toda a comida picante
A sopa chinesa agri-picante
Nehms
Sopa (todas as sopas)
Sopa de Beldroegas!
Iogurte de limão
Chá de menta com limão e mel (mesmo no verão)

terça-feira, agosto 08, 2006


Do-rmindo
Ré-ctaguarda
Mi-stério
Fa-mintos
Sol-idão
Lá- em Vilar


Vilar de Mouros 23 de Julho de 2006

Obrigada aos fãs de Moonspell por esta e outras fotos enviadas.

Antes de mais: obrigada pelos comments
Regressada de férias, dando férias ao tormento, cá estou...este cá...hum nem sei o que isso poderá significar, uma vez que acredito que o "espaço" é apenas uma ilusão óptica, um meio para simplificar as nossas vidas, uma ferramenta do inconsciente.
Beijos

quarta-feira, julho 26, 2006

Todos especiais

ok, ok, do you want something simple....?
Bem simples, simples, n´~ao há nada de simples, pelos menos na esfera de oxigénio que me abraça.
Huelva, ontem: indescritível, abrasador, perturbante mundo de parasitas enquanto o mundo explode mais abaixo.
Queria dizer-te o quanto quero, queria dizê-lo ao mundo que explode, mais abaixo.
Devolvida a Portugal, roçando a fronteira, mantenho-me ligada à Amena. Que estranho, estamos tão longe e tão perto. As ondas hertzianas iludem o distanciamento.

Voltando ao mundo real: vilar de mouros...pareceu me um sonho. É que não pode ter acontecido, uma vez que nem uma linha foi escrita acerca do palco original...o único palco que poderia ser alvo de uma crítica mais motivada...afinal somos ou não carne para canhão? mas talvez tal se deva ao excesso de oferta de carne promovida pela organização que não disponibilizou uma única alternativa vegetariana no recinto. Carne a mais, foi carne a mais.
Beijos a todos os que apoiam a causa Cinemuerte. Não são muitos, nem são poucos. São todos especiais. Todos muito especiais.

segunda-feira, julho 24, 2006

A Viagem

Porque todos me vão perguntar: e que tal? como correu? E porque todos devem saber.
Os concertos da Raging Planet correram muito bem. O espírito de camaradagem e non sense no seu melhor...somos (a Raging Planet) sem dúvida completamente loucos, palavras tiradas da boca sensata do Zé Miguel, o nosso motorista, que mais do que cumprindo a sua função, foi acompanhando-nos, passo a passo. O Zé Miguel, aquele que foi ouvindo a Mula da Cooperativa, na viagem para "baixo", aquele que de camisa branca, sentiu-se deslocado no meio da maré negra,mas que insistia estar connosco para o bem e para o mal, aquele que nos compreendia.
De vez em quando, a pedido dos passageiros, lá desligava as luzes, colocando-nos na escuridão total, talvez para compreendermos que já nela nos encontramos há muito. Uma escuridão, essa que me assusta de morte.
Interessa escrever acerca desta viagem se vos descrever a recepção preparada pela organização de Vilar de Mouros: os bastidores...ah os bastidores...é de boca aberta que entrei no "camarim". Mais parecia que nos tinham importado um bunker do Líbano. Um bunker sem luxos claro. Passo a descrever o habitáculo. Paredes.
No espaço reservado para o acolhimento dos sem-abrigo, não dispunhamos de água, casas de banho, toalhas, higiene, luz, tomadas, niente!
Sem dormida, sem direito de entrada ao refeitório, cada segundo parecia-me cada vez mais indigesto. Como é possível entender que no refeitório entram aqueles que escrevem acerca do artista, e a este, a refeição é-lhe vedada? Só entendo esta lógica se nos assemelharmos aos macacos de um espactáculo de circo.
A ementa proposta: 23 sandes panrico, de fiambre ou queijo, ou seja uma para cada sem-abrigo, lançadas ao ar para cima de uma tábua de madeira. As bebidas também elas atiradas, à nossa chegada, para uma arca a funcionar a meio gás.
Adiós Vilar de Mouros.
Nota positiva: o público e a paisagem.Viva o público! O público é quem alimenta o artista, nem que seja de alimento para a mente.

segunda-feira, julho 17, 2006

The Big Fish


The Big Fish, onde é permitido sonhar.

terça-feira, julho 11, 2006

Gíria

Hello:) Penso que a nossa ida a Vilar de Mouros será memorável pelo espírito que nos conduz até lá. Uma viagem que reunirá uma família: A Raging Planet. Uma família como tantas outras em que pais, filhos e irmãos ora se amam ora se odeiam pelas mais fúteis razões. Na gíria: um verdadeiro bacanal. Mas como estas viagens familiares não são estreias, acredito que vamos reviver o espírito de outros tempos...recordo Pedrógão Grande. Belas e inesquecíveis recordações que nos unem para a eternidade. O espírito de camaradagem entre todos, a loucura do músico insensato, o despertar de um público amorfo.
Beijos

quinta-feira, julho 06, 2006

Nem voltarás

Amanhã, de manhã partilharei o mesmo metro cúbico de ar contigo...nele poderás limpar as tuas mãos embebidas de sangue. Podes limpar, mas não podes apagar. Nem voltarás a saborear como antes, a brisa da vida.

terça-feira, julho 04, 2006

Conselho

Conselho de Edelstein
Não se preocupe com o que os outros poderão estar a pensar de si; eles estarão demasiado ocupados a preocupar-se com o que você pensará deles.

A esquina

A vida é uma esquina. Nunca se avista o presente. O futuro não existe.
A felicidade é alcancada se soubermos "cortar" sem nos ferirmos.

sexta-feira, junho 30, 2006

Nunca

Nunca apareces como idealizei.

quarta-feira, junho 28, 2006

A Praia de Oscar Wilde

Recordo-me da praia, da faca a decapitar o ananás que se viria a tornar no meu sustento daquela tarde muito bem passada e em companhia de uma raridade. O sustento passaria a ser também dela. O melhor daquela tarde: as páginas de um correio de notícias banais a esvoaçar pela areia. Um esvoaçar risonho, arrastando-nos pela praia. A ausência de som deixara de ser mero sonho, passando a cravar-se acentuadamente no meu caminho ao encontro de paz. O melhor estava para vir: Mr. Oscar Wilde.
Sines, Julho deste século.