quarta-feira, fevereiro 29, 2012

O sangue não rima pois escreve-nos no livro da vida sem artimanhas.

(r. a M.)

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Contra-amor

Enquanto a comida se repousa sobre o lume, como uma mulher se deita para servir o amor, em lenta combustão, avermelho a chama.


Cair no contra-amor, é um pecado maior: mata a existência. Somos para ser.
Como foi possível cair num contra-amor, pedirem-me para morrer? Amor, podes morrer por favor?

domingo, fevereiro 26, 2012

Esquina

O fim é apenas uma esquina da vida. Nunca se sabe bem o que nos espera ao virar da página, mas nunca é o fim. É um novo páragrafo à espreita.

sábado, fevereiro 25, 2012

Tudo passa, tudo passa.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris


Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris

sábado, fevereiro 18, 2012

No mar da tua sede.

Como foi a tua última noite, amiga? Antes de deixares o mundo? Como foi? Conta-me e conta nas palavras, o mundo que desponta nos teus olhos?

Deitar-me-ia ao teu lado, se ontem me dissesses "Adeus, vou-me para nunca mais voltar".
Como foi o teu último acordar? Viste o sol, a lâmpada do mundo?
Diz-me como foi sentir o dobrar da perna no teu último passo.
E o braço? Sentiste o peso da caçadeira a pisar-te melodiosamente a carne do ante braço?
E a língua, espalmava no mar da tua sede?

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Os dias de Luz

É tarde. Anoiteceu. Tudo escurece. Nem uma estrela pinta o quadro do tecto. Estou aqui, víuva dos dias de luz. Morro de saudades do meu sorriso.Morro de saudades de mim.

domingo, fevereiro 12, 2012

Também se escrevem poemas de dia.

Também se escrevem poemas de dia, porque basta-nos o coração aceso.
Aprendo que são as pessoas que mexem comigo, que viram a minha alma do avesso.
Na tarde de dia 11 de Fevereiro de 2012, no Terreiro do Paço, passo a passo, caminharam os corações acesos de Portugal. Deixaram tudo para trás: terra, casa, quadros, retratos, passado, presente e até futuro.
Foi no Terreiro que estanquei a minha existência. Foi no Terreiro que dei a volta a Portugal em lacónicos segundos, mas por um preço nimiamente injusto.
Lado a lado, nós os poetas da vida, entoámos o murmúrio das águas correntes cuja força inabalável, arde como uma tempestade de aguardente- aguardente que arde, que manifesta a sua essência sem temor.
Nós os poetas da vida, somos uns pobres, somos uns tolos e a nossa esmola é a luz de um Sol, maior, que nutre as veias da nossa paixão: Portugal.

sábado, fevereiro 11, 2012

Croissant manhoso para concerto grandioso.

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Caixas

" Até mesmo o nosso coração que habita estas caixas, por vezes está longe."

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

N'Aquele em quem não acreditas

Hoje foi um dia difícil. Acho que cresci mais um centímetro. Despeguei-me quase do chão. Amadureci com os olhos postos em Deus. Sim, em Deus- N'Aquele em quem não acreditas.

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Renting hearts & the fragile bridge.

Há quem aluga o coração como quem aluga uma casa de férias- à temporada.

(A continuação do texto segue em breve...atendendo a que o trabalho obriga. A inspiração submissa à obrigação. :)