terça-feira, outubro 31, 2006

Esther


ESTER LEÃO

Ester Eusébio Leão nasceu em Gavião em 1892 e era filha do conhecido médico e diplomata gavionense Francisco Eusébio Lourenço Leão, que foi o primeiro Governador Civil de Lisboa após a implantação da República.A sua grande predilecção foi sempre o teatro, tendência que a família contrariava, da qual foram os seus principais opositores o seu pai e o seu tio Ramiro Leão, conhecido comerciante de Lisboa. Apesar do entrave familiar, e ainda muito jovem, Ester Leão tomou a decisão de seguir a carreira teatral, o que causou um grande escândalo nos círculos de elite lisboeta. A estreia dá-se em 1913, no Teatro República, com o peseudónimo Ester Durval, interpretando, ao lado de Augusto Rosa, a protagonista de O Assalto, de Bernstein. A sua natureza irrequieta e caprichosa fê-la afastar-se do teatro, a que só voltou em 1920, integrando o elenco do Teatro Nacional já sob o seu verdadeiro nome, na peça Maria Isabel, de Américo Durão, cuja protagonista encontrou nela a interprete ideal. Na década de 20 o público assistiria ainda a vários êxitos desta actriz com as peças A Filha de Lázaro, de Norberto Lopes e Chianca de Garcia; Alcácer-Kibir, de D. João da Câmara ou o Pasteleiro de Madrigal, de Augusto Lacerda.Em 1931 criou a sua própria companhia de teatro onde leva à cena Duas Chamas, de Tomás Ribeiro Colaço. Constitui depois uma companhia que põe em cena, no Teatro S. Carlos um reportório exclusivamente formado por originais portugueses em estreia: Rainha Santa, de Rui Chianca, Mascarada, de Ramada Curto e Divórcios de Lorjó Tavares. Cinco anos mais tarde, o seu espirito aventureiro e irrequieto levam-na ao Brasil para não mais voltar. Começa a trabalhar como primeira figura da Companhia Luís Iglésias-freire Junior e assume a direcção do Teatro Académico, patrocinado pelo governo brasileiro. Tornou-se pioneira do ensino de dicção no Brasil e entre os seus alunos contavam-se presidentes da República, ministros, deputados e actores.Depois de três anos de parelesia e de sofrimento, Ester Leão faleceu no Rio de Janeiro em 1971.

My sweet prince

My sweet prince

Escrevo e apago como uma onda que se apaga na praia e volta incessantemente ao encontro do perigo. Confesso, sou uma nódoa de mar alto. Uma nódoa de gasóleo odorífero. Uma presa do mar. Canto às ondas para as encantar. Para que o meu ritmo as leve a reconsiderar: apaguem-me, nem que seja em alto mar.

Natas

Há natas e natas. E há pasteis. Pastéis com muita lata. Obrigada Luís pelas palavras de apreço. Desculpem a lata, mas o meu discurso no CC teve o seu impacto tal como o projectara. Só não projectei o espectro, apenas a intensidade. O espectro é coisa do acaso.

O teu nome

http://www.star28.net/snow.html

A Pedra

Visto o casaco. Pego na pedra, e abraço a sensação de frio que nela jaz. Saio e passeio-me pelas ruas. Ninguém dá por Ela. Ela é uma pedra, dura demais, forte demais. Negra demais. Mas é perfeita nas linhas que a abraçam. Suaves linhas que seduzem a dureza, o gelo. Passeia-se pelas ruas de Arte Nova, talvez ao encontro de arte rupestre. Ela é pedra, que podem partir. Podem dela servir-se, para qualquer fim. Embora a possam partir, Ela é eterna. Podem partí-la. Ela agradece. Dela nascerão pedrinhas, como um caminho trilhado, um atalho para a eternidade. De pedra, nasce a Pedra.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Without You

Esta dedico-a a vós.


http://www.youtube.com/watch?v=ovBZfz8alv8

Sacanas

Sacanas
Devem ter posto algo na bebida...estou tonta, e vim escrever para ...para ver se me passa...2 coca-colas leva alguém a este estado...?
Conheci a Priscilla: uma surpresa agradável que sabe bem receber. Gente jovem...a mais. Docas, grr..que briol...já nao punha a minha alma singular num antro como as docas há ...4 anos. Sou eternamente agradecida à revista que nos cedeu 2 páginas, e sei, porque trabalhei numa publicação (Rock Sound- Bela escola de vida), e 2 páginas são um gesto de apreço brutal. TY
Rock Sound...ah ah ..ainda não estou tonta que chegue para vos contar as maiores verdades, as maiores mentiras deste mundo...talvez seja por isso que me tenha agarrado com unhas e dentes às notas, às harmonias que são terrenos virgens, sobre os quais ninguém pisa. Ninguém as consegue adulterar...Com contratos ou sem contratos, com concertos ou sem concertos, com todas ou nenhuma atenção, a música, como "dirias" é eterna. Marco, esta frase é a frase do dia e foi por ti pronunciada como ninguém. Não por seres tu, mas porque disseste em timing certo.
A música é eterna. Como diriam os Placebo, e uma vez que ando a recordá-los com alguma insistência, aqui vai: Without you , I am nothing.

terça-feira, outubro 24, 2006

BB King

Amar um morto


Oiço incessantemente Vancouver de Jeff Buckley. São horas das horas do dia se aconchegarem à noite...Ouço-te como se te tivesses deitado a meu lado, ...com o teu corpo afogado no meu...dois sorrisos entre lençóis...sopras-me na nuca, e a tua paixão desliza como o mar no infinito.
Talvez seja mais fácil amar-te morto...talvez seja mais fácil comunicar. Porque o silêncio é uma gruta oca. Negra e sonante. Rendem-se os meus olhos à guarda de um anjo. Suspiro um último soneto, e entrego as minhas armas a Quem sabe. O corpo repousa. A alma pousa no teu olhar, para no dia seguinte, acordar. Para que a minha alma vá divagar e fazê-los acreditar que é mais fácil amar um morto.

domingo, outubro 22, 2006

Best Guitar Player

Daniel Martin Diaz

"... the work of self taught Mexican-American artist Daniel Martin Diaz ".... is broodingly personal" with "...a compelling, esoteric edge." -The Los Angeles Times

A minha grande fonte de inspiração: Daniel Martin Diaz.
Presenteou-me ontem à noite com uma singular mensagem. O seu trabalho é espantoso pelo que vos convido a visitá-lo. E o que mais distingue um artista, é quando a sua singularidade artística lhe atravessa igualmente a espinha dorsal.

http://www.myspace.com/danielmartindiaz

sábado, outubro 21, 2006

Um canário

O dia de hoje está marcado pelo dia do melhor comentário: um amigo escreveu dizendo me que começava a achar que provavelmente eu teria engolido um canário à nascença. Isto referindo-se às minhas cordas, claro...não sou papagaio, nem nunca alinhei com galinheiros...not my type.
Também achei curioso: parece que os CM foram transmitidos na SIC notícias. Eu como por hábito, não dispondo de Tv por cabo, perdi o nosso minuto de glória. Enfim, assim dificilmente os meus pés descolarão deste pó bem firme.
Mas como passei o dia a pensar, a deambular...levantei vôo e muito dificilmente regressei ao futuro. Mas regressei, com uma lágrima microscópica no canto do olho. É uma lágrima cibernáutica. Tende a viciar.

terça-feira, outubro 17, 2006

The River Boat

Não sou dada a jogos de azar. Basta-me a vida. Mas recordo 1993: com vinte anos, tinha acabado de ingressar na maior aventura: os NUA. Éramos 5: o Vicente, o Paulo, o Mário, o Pedro e o Bruno. (Até o Caveirinha (The Temple) , chegou a fazer-nos back vocals, ao vivo, e em gravações no mítico e perturbante Rec'n Roll dos irmãos Barros). Todos eles, praticamente comiam do pão que o Diabo amassara, passo a expressão. É sem dúvida a melhor que se adapta ao trajecto. Todos eles, ambicionavam umas noitadas um pouco mais adocicadas pelos prazeres da vida que apenas se despem para um número restrito de seres. Éramos loucos, pelo que agora, somos exponencialmente loucos. Após um dos primeiros ensaios nos estúdios JAP (Moscavide lost city!), resolvemos seguir para o Casino do Estoril. Talvez ambicionando iludirmo-nos ao som de Slot Machines ávidas de falhas de personalidade. Autênticas viroses ao nosso dispor. Recordo-me: uma senhora dos seus 60 anos. Blonde, lama de cor na face. Ao sentar-se perante a virose, recordo-me de vê-la como se o mundo acabara ali: aquela criatura à mercê de não sei o quê. Esse não sei o quê: o azar. Da nossa sorte, o azar resolvera bater-lhe à porta: tínhamos ganho 250 c0ntos. Com uma única sortuda moeda. E nessa noite, descobri uma das mais singulares equações da vida: a minha sorte é o teu azar. A minha infelicidade gera felicidade e a tua felicidade gera a minha infelicidade, como se de uma balança de contra-pesos se rege a vida.
Para os mais curiosos: naquela noite, como teremos ido adocicar-nos? Certamente não irão acreditar, mas foram 4 dias, e a quantia de 250 contos em hamburgers e fried potatoes (já que estou numa de estrangeirismos) num fast-food que havia na Rua da Misericórdia: The River-boat.
O barco do rio: os NUA tinham uma música lindíssima e que contava que a Lua se tinha apaixonado pelo Rio. Seguia, embora presa ao céu, o Rio, embora preso à corrente. É o que a vida é. Seres apaixonados, presos.

domingo, outubro 15, 2006

Justo

Sim , uma noite passada no hospital , sem dúvida ao contrário do que seria uma disco night, uma valsa de sentimentos se atravessou.
Pouco importa: são estes pequenos incidentes que nos levam a relativizar. Tudo pouco importa. E quando se toca o céu, jamais se quer largar a corda atirada.
Nunca mais a largo.
É bom saber que alguém do outro lado da imensidão oceânica (talvez guardiã de tesouros) nos ouve e nos sabe tão bem apreciar. Obrigada Nuno.
O fim de semana não é mais do que o princípio. Um novo ciclo, uma nova estação, da qual, partem variados comboios, todos eles portadores de uma mensagem. Será que esta semana, decido levantar o pé e embarcar no comboio do amor. O amor térreo. Pois, porque no amor celeste, já nele me atirei aos vinte.
Os vinte foram sem dúvida a viragem, o renascer da minha pessoa. Foi numa noite de semana. Recordo-me. Estava despreendidamente deitada.
Foi um trovejar....como agora. E agora, chove. Chove vários dias ao ano. Espero que o céu nunca seque.
Vou começar a falar um pouco mais acerca de mim, para que me possam conhecer um pouco mais. É justo. Descarado mas justo. Descaradamente justo.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Silly woman



You, in my silly mind.

Photo: by Luís Salzedas

In (cómoda)

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escrevi um post de uma página inteira...acho que a verdade era tão verdade, que o post não se concretizou por ordem de superiores. É a teoria da conspiração, marca distinta de myself.
Bem basicamente, falava de uma vida bipolarmente percorrida. Mais não posso dizer,para que este post vá ao encontro dos nossos olhos. Não sei, que te diga Mr. X.. Escrevi que me fizeste rir ao confessares que o post de ontem esboçou-te uma pincelada em forma de meia lua acordada. E que essa pincelada é o retrato de um ranger a acordar para o sonho.
E mais, pedi-te que não sonhasses comigo porque a minha missão já fez check-in. Que gosto muito de ti, sem te conhecer muito ou nada. Porque não sou uma pessoa cómoda.
Bem se este post, não acordar, ...it was meant to be:)

segunda-feira, outubro 02, 2006

Espera que desespera

Era suposto não estar aqui convosco a estas horas...mas há como que um arrepio a atravessar-me a espinha...não sei se é a chuva a afinar...se sou eu ou a espera que desespera. O nosso (Cinemuerte) domingo foi passado perto da Praça da Alegria, numas catacumbas numa photo session para a revista Gente Jovem. Penso que o artigo sairá na edição de Dezembro. Informá-los-ei até lá. As fotos são da autoria de Luís Salzedas. O artigo...confesso não saber.
Já agora, aproveito para informar que não sou casada com o João dos Cinemuerte. O João é casado e bem casado:) É pai de um baby cinemuerte!
Há quem tenha levantado essa questão por diversas vezes, e achei por bem desmentir o rumor que se instaurou.