terça-feira, outubro 31, 2006

A Pedra

Visto o casaco. Pego na pedra, e abraço a sensação de frio que nela jaz. Saio e passeio-me pelas ruas. Ninguém dá por Ela. Ela é uma pedra, dura demais, forte demais. Negra demais. Mas é perfeita nas linhas que a abraçam. Suaves linhas que seduzem a dureza, o gelo. Passeia-se pelas ruas de Arte Nova, talvez ao encontro de arte rupestre. Ela é pedra, que podem partir. Podem dela servir-se, para qualquer fim. Embora a possam partir, Ela é eterna. Podem partí-la. Ela agradece. Dela nascerão pedrinhas, como um caminho trilhado, um atalho para a eternidade. De pedra, nasce a Pedra.

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