segunda-feira, dezembro 02, 2013

Tolo-bom ou o Erro de viver.

Tolo-bom ou o Erro de viver.
Nesta vida, ser bom, é precisamente o caminho da desgraça pessoal. O fazer o bem não é caminho com retorno. Que grande tanga essa que nos ensinam: dar para receber.
Os seres mais bem sucedidos são os que prot...egem a sua individualidade, os seus interesses.
Pois na verdade vos digo, que jamais me nasce o interesse do sucesso pessoal. Ambiciono a paz de espírito e a dos outros, apenas. Sei perfeitamente que sempre perdi à conta de fazer o "Bem". E tenho a noção clara da aposta perdedora na minha forma de ser. Não procuro explicar nem que me expliquem o meu erro de viver. Apenas o vivo, e sinto que ser tolo-bom, é como a música que nos ensina a ser: é-se apenas nas mãos de um destino maior.
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quarta-feira, novembro 06, 2013

Porque me' vais embora?

Lentamente, perco o som da tua voz, da tua vez. Descemos numa estação onde o tempo parou.
Porque me' vais embora?

sexta-feira, outubro 25, 2013


Deus me tire de onde me encontro.
Parei.

segunda-feira, outubro 07, 2013

As escolhas de Deus

As escolhas de Deus.
Nelas me encontro, numa profundeza tardia.
Falamos mais do que nunca, pela distância que nos separa mais do que nunca.
Mais do que nunca, estamos mudos e surdos, um do outro.
Mais do que nunca, temos a certeza do nosso existir neste paramundo.

quinta-feira, agosto 01, 2013

A Vida, essa variável abstracta.

Como é que se vive sem soluções? Diria: mudando os problemas. Diria, mas não digo.
A Vida, essa variável abstracta.

quinta-feira, maio 23, 2013

amámos

é triste quando olhamos para uma pessoa que amámos muito, e não a reconhecemos

sexta-feira, março 08, 2013

terça-feira, fevereiro 05, 2013

'louque ceria

A confiança é um saudável voto de pseudo-loucura, sem o qual enlouqueceria.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Dorme, meu amor

Manhã de 31 de Dezembro: sempre o mesmo ritual, o ritual que cumpro para confirmar que estou viva, porque nem sempre tenho a certeza se o sonho é a vida, ou a vida é o sonho. Ponho-me frequentemente a pensar de que lado me sento perante o  espelho virtual que separa o "meio sono". Estou aqui ou ali? Mas sou eu. E essa é a minha certeza. Na manhã de 31 deste ano, o chá da manhã na Praça da Figueira, a caminhada descendente de olhos arqueados azuis, deitando-se no acinzentado céu do mês "só", a passagem pelo S. Domingos e a ginja D. Maria esfriaram a minha certeza: corações de cartão engrossados pela penúria de um sem -amanhã e um sempre-ontem enodoam as calçadas, os bancos da avenida da pobre-liberdade.  Ironicamente, nessa dita avenida da pobre-liberdade, apercebo-me então que os corações de cartão estão aninhados na direcção de quem mais come, de quem mais degluta manifestações cuspidas.Grosseiramente cuspidas. O pobre da avenida da pobre-liberdade já nem se importa se a terra gira, porque o seu coração de cartão colou-se ao chão. Dorme, meu amor, no espelho da vida.