sexta-feira, agosto 31, 2007

November Eco

Next Gig: Marés Negras with Moonspell @ PT Coliseu do Porto (Kreator, [F.e.v.e.r.], and Before the Rain) 2007 Sept 1.



Coliseu do Porto Front Stage Vs Back Stage, à imagem do Homem:)





Back to real life:) Regresso ao Porto. Sei que são muitos os nortenhos que me têm acompanhado pelo blog. Faz-me feliz. Sentir-vos por perto. O statcounter ajuda-me a situar-vos:) desculpem a jogada de espionagem, mas tenho esta necessidade de conhecer-vos: soa-me a fair-play. Se me exponho, parece-me justo, sondar-vos:)
Por isso, em linguagem de aviação, amanhã, o rumo é: November! November Eco. Norte. Regresso à existência. Pinceladas de uma Rock Vox sobre pano de Metal. Ah...soa-me mesmo bem!
Até amanhã. SDQ.

quinta-feira, agosto 30, 2007

À espera

Hoje, conheci um anjo chamado Miguel. Mais um. Tem 6 anos. É lindo. Veio com a mãe que faz as limpezas do recinto. A mãe: notei-lhe uma certa deficiência do foro psíquico. É muito boa pessoa, e daí, imagino o que ela já deve ter sofrido nesta vida, e o que a espera ainda. Desse "atraso", que me custa tanto rotular, só poderia nascer esta criança que perante a situação da mãe, provida de uma beleza interior que não esquecerei. esta criança que me fala com um savoir-faire incaracterístico para a idade. Chama-me: "Sofia! Sabes o que eu vou desenhar? Vou desenhar o homem a andar no planeta azul." Pergunto-lhe se o planeta é o nosso. Responde-me que não. Que o nosso é o planeta verde e azul. Diz-me claramente: "O planeta azul é onde moram os estra-terrestres." Falámos da música e claro, pediu-me que lhe cantasse. Cantei e desdobrei-me para o fazer feliz nesta curta meia-hora de lanche entre papéis e papéis que ardem sem se ver. Fiz questão de lhe dizer onde cantava. No piso de baixo, disse-lhe. Ficou-se feliz assim como se participasse num conto. Imaginando aquela espaço secreto, de porta fechada. Estalei-lhe o verniz do olho. Despedi-me. Disse-lhe que ia trabalhar. Pôs a máscara, e delicadamente como um príncipe, desceu as escadas, talvez ao encontro da sala secreta.
Arde sem se ver a minha estrondosa adoração por estas crianças que nascem à espera. À espera de um caminho.

Ladrar

Há dias, um homem ladrou-me....não consigo bem perceber o que se passou....mas ladrou! O que é ladrar? "ladrar: fazer alarde ou ostentação dos seus méritos." in Priberam

quarta-feira, agosto 29, 2007

La Perle

Deito-me. Ela: não diz. Vem direita... a mim. Dobra-se em caracol, como se o meu corpo fosse a concha. Ajeita as costas, de três primaveras, deitando-se sob o meu ventre, para que a carne se una. Para que a proteja. Esfrega a face, como se esta cantasse, sobre a minha mão. Mira-me os sinais dos braços que tanto a fazem sonhar. Pega-me nos braços e olha: olha para o meu infinito. Deixa-se sonhar por entre os sinais dos meus braços que lhe embalam a voz. Apenas a voz.

A Norte

No próximo sábado, dia 1 do mês do acordar, vemo-nos no Coliseu do Porto. Estou cheia de saudades dos ventos a Norte. Marés Negras...um ambiente submerso, provavelmente underwateriano, revisitado com Moonspell, Kreator, Fever e Before the Rain.

segunda-feira, agosto 27, 2007

A cabeça

Shiii...a minha cabeça!Decididamente, não nasci para o álcool. O álcool e eu estamos destinados ao fracasso. Stay away from me! Bah!

sábado, agosto 25, 2007

Predadores de Almas - Materna Parte 2

Somos dois. Um decidiu-se e foi. Gavião.
Quebraram-se hoje 18 anos de silêncio. Calámos o destino há 19 anos. Hoje, cozeu-se-lhe na boca : "paguei 100 escudos em 1971 para que nascesses perfeito". Disse-lhe que mais tarde, perante a minha indignação, de não ter feito o mesmo por mim, foi pagar outra promessa, a pensar em mim. O que terá sido? É legítimo acreditar nestes créditodébitos? Custa-me pensar que ela existe. Morreu-se há 19 anos. Aquela voz irada que nunca se despegou da minha memória. A memória mata-nos o entendimento. Estranho, é regressar nesta tarde chuvosa à rua que me embalou o espírito na década de 80. Que me expremeu o coração em sangue. Uma década perpetuou a Rua da Fé. Estranho é virar-me para o Sr. Zé da C. A. e dizer-lhe que ali, um pouco mais acima, vivera.."sim, nesse prédio cor-se-rosa, pombalino". Ele, exclamando..."ah o maldito! O do portão maldito." Passam-se 19 anos sobre o adeus à Fé, e há coisas que nunca mudam...
Foi naquele andar de terceiro esquerdo e direito, ao número 10, de 14 assoalhadas onde vivia (nem sei se vivi), que a música lembrou-se de mim. Notou que vivia ali uma míuda . Essa malvada! Penso que a música matava-me o medo. O prédio de facto datava do pós-terramoto e tinha sido recuperado sem que a traça pombalina se desvanecesse. Vivi ali horrores. A psicose apurada sentada de frente para o portão. Custa-me pensar que nunca vou esquecer. O aperto que se sente quando se vive perseguida. Não é justo aqui expor mais detalhes. Vivi um período negro de 1980 a 1989 (fiz as contas agora mesmo). Foram 9 anos que me pareceram o dobro. À M. A., foi diagnosticada sociopatia (distúrbio da personalidade anti-social ou "predadores de almas"- "A grande maioria das pessoas, em contacto com o sociopata, é incapaz de imaginar o seu lado "negro", que alguns conseguem esconder com sucesso a maior parte da vida, através de uma vida dupla." ). Dificilmente, conseguimos interná-la. O máximo, uma semana e porque a instituição "Júlio de Matos" não a queria. Diziam que pela Loucura, ficaria, mas que pela Maldade, o Hospital recusava-se a fazer-lhe a cama. Quanto aos porquês da patologia na família, é difícil explicar. São muitas as histórias que se contam na família. Uma delas - julgo que já a contei há cerca de um ano - que teria visto um homem enforcar-se, algures num descampado e que o espírito do enforcado...bah! Estou a assustar-vos...esqueçam. Imaginem. Curiosidade: naquele hospital, a família Matos (também sou Matos) tem cartão de cliente e acumula pontos de fidelidade:)Há várias gerações. Posto isto, já sabem um pouco mais acerca de mim. Basicamente,estou a tentar dizer-vos o que sou. Não é que isso vá alterar algo, ou talvez vá:)

Se a temática vos seduz, ora descubram este novo mundo, que para mim soa a Velho Mundo. A mim, a cada dia que passa, sabe-me muito melhor viver longe das pedras e das tesouras. A isso chamo de "Teoria da Relatividade". A isso, chamo de "Teoria da Felicidade".

http://www.cerebromente.org.br/n12/doencas/sociopatia.htm

http://www.geocities.com/medicinahumana/mental/personal.htm

Virão mais partes da Materna. São infindáveis.

Pôr a mão

Música de fundo: Nina Simone. Repousava a Loud e por cima desta, numa extensa banca poeirenta, " A Psicologia do Terror". Escolhi este livro porque o abri, e percebi que ele me estava destinado. Tinha de o "arder". A temática do cinema de terror. Virei-me para a estante. E assim que me voltei, senti a lágrima fervida no canto do olho de um curioso, como se o título do "escolhido" bastasse para alterar a vida de mais um -desculpem- inerte.
Senti que o tocara. Atirei-lhe o meu negro olhar e ele sentiu-se parar. Pediu-me desculpa. Respondi-lhe "não tem de quê". A vida é um pouco assim. Um livro perdido, escondido entre tantos. Bastou-lhe que o pescasse e o lançasse ao mar para que a luz do dia o abrilhantasse. Desejaram-no, apenas, quando alguém lhe pôs a mão.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Homem animal

O bater das 6 a chegar...já oiço os meus passos a chegar. Pã, pã..estás ouvir? Eu estou a chegar. A chegar de onde já parti.

Já tentaram reproduzir, com a boca, o som de um passo? É impossível. Eu, não consigo.

Quando era pequena, conseguia assustar o meu irmão (mais tarde os NUA nos ensaios que não rendiam) com uma voz que guardo cá dentro. Só eles a ouviram. Dela, já não me recordava. Como é possível? Lembro-me que os assustava mas pediam-me sempre para repetir:)
É uma voz gerada puxando as cordas vocais para o patamar mais baixo. É terrível. É um som horroroso. É horroroso. Cria a sensação que tenho cá outra pessoa escondida...tem voz de homem-animal. Já consigo entender porque a fui esquecendo, essa voz:) Maldita. Mal dita.

Sobre homens-animais, vou falar. Preciso de estar "pr' aí virada"...quem espera, sempre alcança.

terça-feira, agosto 21, 2007

A gata pirata


Mar negro à vista e a gata pirata.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Dreamworld





No regresso, estreio-me com a caricatura de Sire Cedric que me é enviada pelo próprio. Consome-me às litradas "Born from Ashes" como eu confesso beber da sua expressão. Somos farinha do mesmo saco. Adoro a forma como escreve. Próxima obra a sair a 6 de Outubro próximo, com a presença do famosíssimo Father Sebaastian: Dreamworld. Promete, pois uma das obras que devorei este verão foi Déchirures do mesmo autor. Sei que sou suspeita. Ele é meu amigo...mas escreve como ninguém. Tem visão cinematográfica. Tradutores, acordem!




http://www.scifi-universe.com/fiche_actu.asp?id=5728

sábado, agosto 11, 2007

Curiosa

8h30 bem matinais: Castro Marim à vista. Não conseguem imaginar o gozo que me dá entrar numa feira e negociar com os feirantes. Deliro. Apaixono-me por estes seres que povoam estes terrenos baldios. Acabo com uma oliveira no peugeot! Para trás ficam as galinhas, galos, pintos, tremoço do belo, grão, feijão, milho, orégãos...deliro com os cheiros, as cores. Sigo para Espanha. Outro mundo. Tão perto, tão longe. Simpáticos q.b. Regresso com o sabor da Laranja do João. Outro mundo tão perto, tão longe.
Entrego-me à fina areia branca, e estranhamente avisto J. do Johnny Guitar.Tão perto tão longe. De papagaio na mão: em forma de dragão, entrega-se de corpo e alma aos sobrinhos que deliram. Revejo-me nele. Fiz o mesmo a semana passada. A vida é curiosa.
Tenho devorado livros e mais livros. Depois conto e recomendo.
Meu amigos: de papagaio na mão ou não, quem ganha hoje é o dragão:)

quarta-feira, agosto 08, 2007

Penso (s)

A vida dá que pensar...mas como li hoje..o pensamento é o pior dos venenos.

terça-feira, agosto 07, 2007

Cacela e os Piratas

Estou aqui!

Não imaginam o que é beber desta paisagem. O Olho enche-se-me de visões. Avisto num piscar de olho os tais piratas que atacavam por este mar. Basta-me franzir a vista desculpando-me ao sol, e vejo: revejo a embarcação.
Beijos a todos de Cacela...




"Cacela-Velha
Aldeia localizada numa elevação arenítica em frente à Ria Formosa e ao mar, donde se vislumbra uma das mais belas panorâmicas do sotavento algarvio.

Constituiu ponto de passagem para navegadores gregos e fenícios, e segundo alguns autores terá sido Cunistorgis, a antiga capital dos Cúneos. Os romanos ampliaram-na e os árabes deram-lhe o prestígio.

Durante o período islâmico e a época medieval foi um importante centro populacional, tendo sido conquistada aos mouros por D. Paio Peres Correia em 1240. Segundo a lenda, após a conquista de Cacela, foram ditadas tréguas, mas sete cavaleiros cristãos foram mortos à traição pelos mouros e assim a fúria de D. Paio abateu-se sobre Tavira e conquistou-a. Em 1283 D. Dinis outorgou foral a Cacela.

Durante o século XIV devido a alterações da linha da costa e aos constantes ataques de piratas a população começou a abandonar a vila e a partir para o interior.

Actualmente como pontos de interesse encontramos a fortaleza do século XVII, um edifício de duplo beiral do século XVI, algumas moradias de arquitectura tradicional algarvia do século XVIII, a igreja de origem medieval, as ruínas islâmicas, os fornos romanos e os vestígios da antiga muralha medieval. A designação Cacela-Velha é recente, pois este local era conhecido como Sítio da Igreja."