sábado, agosto 25, 2007

Pôr a mão

Música de fundo: Nina Simone. Repousava a Loud e por cima desta, numa extensa banca poeirenta, " A Psicologia do Terror". Escolhi este livro porque o abri, e percebi que ele me estava destinado. Tinha de o "arder". A temática do cinema de terror. Virei-me para a estante. E assim que me voltei, senti a lágrima fervida no canto do olho de um curioso, como se o título do "escolhido" bastasse para alterar a vida de mais um -desculpem- inerte.
Senti que o tocara. Atirei-lhe o meu negro olhar e ele sentiu-se parar. Pediu-me desculpa. Respondi-lhe "não tem de quê". A vida é um pouco assim. Um livro perdido, escondido entre tantos. Bastou-lhe que o pescasse e o lançasse ao mar para que a luz do dia o abrilhantasse. Desejaram-no, apenas, quando alguém lhe pôs a mão.

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