domingo, dezembro 23, 2012
sábado, outubro 27, 2012
quarta-feira, outubro 10, 2012
The girl
The girl that saw cats that never existed
The girl that was never meant to live in this world.
The girl that was never meant to live in this world.
terça-feira, setembro 25, 2012
Único destino
Passam os dias, passam os anos, como formigas. Em linha, com um único destino. E enquanto a sopa de beldroegas arrefece-me, sigo saltando de palavra em palavra, também em linha com um único destino.
sexta-feira, agosto 31, 2012
domingo, agosto 26, 2012
De um ausente-presente.
Com uma facada em suspiro, mato o dia. É noite- traz-me a leveza, porque morro lentamente. Na escuridão, do teu rosto, apago cada rio de expressão, cada ruga de um carácter que os dias cravaram a frio.Permites que te apague? Permites que te esfarele? Na cor de pó de que a memória pintou o resguardo da cama? De um ausente-presente?
terça-feira, agosto 14, 2012
terça-feira, julho 03, 2012
Palavras ocas
No meu bolso, passeio a noite.
Os teus olhos negros postos em mim,
Profundos na cerrada escuridão
Beliscam-me em palavras ocas.
terça-feira, junho 26, 2012
Em fogo lento
O beijo quente da tua boca.
O suspiro de Deus que me tenta,
Para nos perdermos em fogo lento.
domingo, junho 24, 2012
Ela destila quando eu destilo
Os meus pensamentos embebedam-se da minha insómnia.
À Anilde. Ela ama-me como poucos. Ela entende-me como poucos. Nós nem somos da mesma cor. Nada em nós, converge. E ainda assim, ela vê-me. Ela lê-me. Ela destila quando eu destilo.
À Anilde. Ela ama-me como poucos. Ela entende-me como poucos. Nós nem somos da mesma cor. Nada em nós, converge. E ainda assim, ela vê-me. Ela lê-me. Ela destila quando eu destilo.
segunda-feira, junho 18, 2012
quarta-feira, junho 06, 2012
Tenho a voz no abismo.
Começaram as noites sem comer, os dias sem fim de trabalho, o trabalho que dá pão e o trabalho que alimenta a alma desnudada à procura de si.
Começaram as noites em que dou os maiores encontrões na noite profunda que me recebe à saída da sala de ensaio. Passo fome, porque me esqueço. De mim.
Começaram as noites e o mundo passa por mim.
E quando me liberto por volta da meia-noite, percebo que me perdi na minha solidão, a que mais me ama, a que mais me respeita, que nunca me trai.
E deixamos tantas músicas e tantos sonhos para quem? E para quê? Tenho a voz no abismo. Dói-me, muito porque dê tudo, porque a dei a todos sem presença. Estou sem uma gota de voz nestas veias em jeito de trepadeira num corpo vertiginoso que me guia com os olhos postos em ti.
Começaram as noites em que dou os maiores encontrões na noite profunda que me recebe à saída da sala de ensaio. Passo fome, porque me esqueço. De mim.
Começaram as noites e o mundo passa por mim.
E quando me liberto por volta da meia-noite, percebo que me perdi na minha solidão, a que mais me ama, a que mais me respeita, que nunca me trai.
E deixamos tantas músicas e tantos sonhos para quem? E para quê? Tenho a voz no abismo. Dói-me, muito porque dê tudo, porque a dei a todos sem presença. Estou sem uma gota de voz nestas veias em jeito de trepadeira num corpo vertiginoso que me guia com os olhos postos em ti.
terça-feira, maio 29, 2012
Inexistência
Para mim, e para todos aqueles que aqui se identificam:
Nunca nos acham muita piada, a não ser depois de mortos.
Vêem-te como uma carta fora do baralho até ao dia em que Deus te murmura ao ouvido e te apagas conforme a Lei da Vida (?). E eis que morreste. E essa carta, assim, no meio do nada, a carta que foste, fora do baralho, revela-se um rei de copas, ou de espadas, se estiveres em pé de guerra. Tudo parece uma piada..uma piada de mau gosto. E tu, ris-te. Finges que tudo está bem, que tudo faz sentido, que a atrocidade na tua vida, é a cereja agridoce no topo de umas camadas arquitectonicamente bem montadas de um pão-de-ló ressequido de tanta porrada que levaste e vais continuar a levar. És o aborto social das elites. És a antítese levantada ao quadrado da resposta certa num exame de resposta múltipla, onde tudo está rigorosamente definido, até mesmo a tua, a nossa Inexistência- a rainha das noites sem tecto, das noites privadas de muros, de um sentido de pertença que em nós não cabe.
Nunca nos acham muita piada, a não ser depois de mortos.
Vêem-te como uma carta fora do baralho até ao dia em que Deus te murmura ao ouvido e te apagas conforme a Lei da Vida (?). E eis que morreste. E essa carta, assim, no meio do nada, a carta que foste, fora do baralho, revela-se um rei de copas, ou de espadas, se estiveres em pé de guerra. Tudo parece uma piada..uma piada de mau gosto. E tu, ris-te. Finges que tudo está bem, que tudo faz sentido, que a atrocidade na tua vida, é a cereja agridoce no topo de umas camadas arquitectonicamente bem montadas de um pão-de-ló ressequido de tanta porrada que levaste e vais continuar a levar. És o aborto social das elites. És a antítese levantada ao quadrado da resposta certa num exame de resposta múltipla, onde tudo está rigorosamente definido, até mesmo a tua, a nossa Inexistência- a rainha das noites sem tecto, das noites privadas de muros, de um sentido de pertença que em nós não cabe.
segunda-feira, maio 28, 2012
terça-feira, maio 22, 2012
Absoluto-astuto
Não sei se alguma vez cheguei a gostar de ti. Penso que a resposta encontra o seu ponto no vazio. Sei que morreste, a tua fúria, o teu ódio morreu. Contigo, levas tudo, levas-nos as nós, as crianças que tentámos ser, nas pastas pesadas que carregaste no ódio de nos ter como teus netos, filhos de um pai odiado. Tentaste tudo partir, semear o desespero, o medo, alimentaste-nos na ira. Desequilibrados que somos hoje, nada mais temos a temer. Tudo tem um fim. E a ironia irradia neste virar de página em silêncio absoluto-astuto, porque nada tem para dizer, porque nada quis alguma vez concluir.
segunda-feira, maio 21, 2012
O tormento
Os meus dias e as minhas noites.
Esse temor de adormecer, de entardecer o peso da tua vida na minha. Nos meus sonhos, passeiam os teus pés cândidos tracejando-se até mim, para que as tuas pesadas mãos se esmaguem no tormento.
Esse temor de adormecer, de entardecer o peso da tua vida na minha. Nos meus sonhos, passeiam os teus pés cândidos tracejando-se até mim, para que as tuas pesadas mãos se esmaguem no tormento.
terça-feira, maio 08, 2012
O meu sorriso
Hoje, perdi o meu sorriso.
Não sei bem onde,
Talvez por onde tenha passado,
Numa qualquer esquina,
Onde as palavras quebram em tamanha verdade,
Onde a ordem do mundo se expõe em contraluz,
Num ângulo certeiro, dourado, em cruz.
Não sei bem onde,
Talvez por onde tenha passado,
Numa qualquer esquina,
Onde as palavras quebram em tamanha verdade,
Onde a ordem do mundo se expõe em contraluz,
Num ângulo certeiro, dourado, em cruz.
Soturnas
Não escreverei o teu nome no meu diário. Não te quero nesta trajectória sem fim, e penosa. Não te quero neste livro sem fim que geme, com o bater das páginas sopradas a vento da minha profunda alma, sem rumo.
Não te quero na trajectória da minha caneta aguda numa dor de parto singular que esmaga cada palavra como a morte esmagará o fim das nossas intenções, soturnas,
Não te quero na trajectória da minha caneta aguda numa dor de parto singular que esmaga cada palavra como a morte esmagará o fim das nossas intenções, soturnas,
sábado, abril 28, 2012
Sem-espaço
O quanto eu te amei.
Não me importaria o sem-dinheiro , o sem-espaço.
Não me importaria o calor dos nossos três corpos.
O sem-espaço dos nossos três corpos apertados nesta meia-casa.
sexta-feira, abril 27, 2012
Pedaços
Que alguém me faça o favor de desligar o cérebro dos sonhos. Não aguento mais. Por vezes, sinto que não vou aguentar. Que o meu corpo vai enlouquecer e com ele, a minha cabeça se vai estalar. Plack. Pedaços de pensamentos impróprios de uma existência singular.
terça-feira, abril 17, 2012
quinta-feira, abril 12, 2012
terça-feira, abril 10, 2012
Fantasmas dos nossos dias e das nossas noites.
Tenho de dar lugar a outras pessoas para que te possam amar
Como a esperada antecipação da morte
Morrer para viver,
Para dar lugar a outros.
Não cabemos todos no sonho de viver.
São mil poemas
Que a meio da noite
Acordam a minha boca
Gemem em sal
E todo o meu corpo treme
As palavras não sossegam
E cúmplices, espelham o teu rosto no meu
O teu rosto e o meu- fantasmas dos nossos dias e das nossas noites.
terça-feira, abril 03, 2012
Nada.
Retiro
Praia Grande, Março 2012
Sentam-se ao meu lado os seus 83 anos.
Pinta o brilho da luz no seu rosto.
E retoricamente, expõe: "acha que ...(pausa) morrer...sente-se alguma coisa? Acha? Não se deve sentir nada, pois não? "
Respondo determinada para que a calma a abrace no olhar, frágil, temente: "não, não se deve sentir nada. Deve ser um pouco como quando se nasce. Nascemos sem nos lembrarmos de nada. É uma onda que passa por nós e que nos leva sem darmos por nada. Ninguém se lembra do antes, e não nos lembraremos do depois".
Nada
Nadam no teu olhar, as ondas da praia
As que te viram crescer com uma flor, lá ao longe, num horizonte vadio
Essas ondas que bem te queriam afogar,
Para que com a tua beleza, pudessem se pintar
Na noite que tudo apaga-
O interior do mar
Que mil segredos guarda
Como o teu, um dia aguarda.
Praia Grande, Março 2012
Sentam-se ao meu lado os seus 83 anos.
Pinta o brilho da luz no seu rosto.
E retoricamente, expõe: "acha que ...(pausa) morrer...sente-se alguma coisa? Acha? Não se deve sentir nada, pois não? "
Respondo determinada para que a calma a abrace no olhar, frágil, temente: "não, não se deve sentir nada. Deve ser um pouco como quando se nasce. Nascemos sem nos lembrarmos de nada. É uma onda que passa por nós e que nos leva sem darmos por nada. Ninguém se lembra do antes, e não nos lembraremos do depois".
Nada
Nadam no teu olhar, as ondas da praia
As que te viram crescer com uma flor, lá ao longe, num horizonte vadio
Essas ondas que bem te queriam afogar,
Para que com a tua beleza, pudessem se pintar
Na noite que tudo apaga-
O interior do mar
Que mil segredos guarda
Como o teu, um dia aguarda.
domingo, março 18, 2012
The Grey
Os filmes nem sempre se querem os melhores do mundo, e por isso mesmo se tornam nos mais fantásticos. Assim como as pessoas.
terça-feira, março 13, 2012
o amor nos outros
Não sei como germina o amor nos outros, mas sei que o amor que sinto por ti, nasceu mesmo antes de te conhecer.
segunda-feira, março 12, 2012
Mar
O meu corpo chora nu, na esperança que o mar desta cama, me rasgue daqui para fora, assim como na mesma agitação sábia com que perpetuou um crime maior: deitar ao mar, que nem pedras de chumbo, os meus pobres sonhos, pobres em luz, órfãos na cruz.
(ao som dos Beastie Boys)
(ao som dos Beastie Boys)
Branco
To Zorro,
Gritaste o meu nome e nada esquece a bravura da tua voz. Peço que esqueça.
Nem um livro teu, li. O teu livro é branco. O meu livro, às noites pertence.
Não te leio porque em ti, temo ler o meu nome. Nos versos que traçam os teus caminhos, temo no mais profundo terror que me invade pelo peso de cada letra que sela o meu nome.
Gritaste o meu nome e nada esquece a bravura da tua voz. Peço que esqueça.
Nem um livro teu, li. O teu livro é branco. O meu livro, às noites pertence.
Não te leio porque em ti, temo ler o meu nome. Nos versos que traçam os teus caminhos, temo no mais profundo terror que me invade pelo peso de cada letra que sela o meu nome.
Estreitas costuras
É sabido: ninguém escolhe a família que tem. Tudo é mistério nesta matéria. Os que vestem da nossa pele, por vezes, golpeiam-nos nas mais estreitas costuras da alma.
sexta-feira, março 09, 2012
Vai-te.
Meu amor, enterrei-te bem enterrado no Jardim dos Amores. Não tentes fugir, nem tentes puxar-me para junto de ti como uma raíz insaciável, cruel, veementemente demente. Vai-te.
terça-feira, março 06, 2012
Degenerativo
Inquebráveis
Qualquer dia, inventam pessoas sem ossos- inquebráveis, flexíveis, elásticas para bom uso.
segunda-feira, março 05, 2012
Negro de fim de frias tardes.
Eu nunca vou crescer. Por mais que envelheça, eu nunca vou crescer. Serei sempre aquela criança e aquele medo. Aquele medo e aquela criança- aquele tempo, o terror, como um monstro negro, negro de fim de frias tardes.
Naquele tempo, dia após dia em anos sem fim, sem 1 ou 31, todos os dias rodopiam. Naquele tempo, os dias não eram dias. Os dias não existiam. Só as noites existiam.
O monstro, a espuma e a sua boca. O monstro, os braços secos de vida, e a sua força.(apaguei.)
Na minha voz, na voz que ouvem por vezes entre versos e meios versos, jazem os gritos, gemidos e espasmos do Monstro.
Se o Monstro,
Querem ouvir,
Façam silêncio...de morte
Como quem faz amor de sorte.
Apaguem-se, trajem o medo-o medo do negro de fim de frias tarde.
Naquele tempo, dia após dia em anos sem fim, sem 1 ou 31, todos os dias rodopiam. Naquele tempo, os dias não eram dias. Os dias não existiam. Só as noites existiam.
O monstro, a espuma e a sua boca. O monstro, os braços secos de vida, e a sua força.(apaguei.)
Na minha voz, na voz que ouvem por vezes entre versos e meios versos, jazem os gritos, gemidos e espasmos do Monstro.
Se o Monstro,
Querem ouvir,
Façam silêncio...de morte
Como quem faz amor de sorte.
Apaguem-se, trajem o medo-o medo do negro de fim de frias tarde.
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
terça-feira, fevereiro 28, 2012
Contra-amor
Enquanto a comida se repousa sobre o lume, como uma mulher se deita para servir o amor, em lenta combustão, avermelho a chama.
Cair no contra-amor, é um pecado maior: mata a existência. Somos para ser.
Como foi possível cair num contra-amor, pedirem-me para morrer? Amor, podes morrer por favor?
Cair no contra-amor, é um pecado maior: mata a existência. Somos para ser.
Como foi possível cair num contra-amor, pedirem-me para morrer? Amor, podes morrer por favor?
domingo, fevereiro 26, 2012
Esquina
O fim é apenas uma esquina da vida. Nunca se sabe bem o que nos espera ao virar da página, mas nunca é o fim. É um novo páragrafo à espreita.
sábado, fevereiro 25, 2012
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
sábado, fevereiro 18, 2012
No mar da tua sede.
Como foi a tua última noite, amiga? Antes de deixares o mundo? Como foi? Conta-me e conta nas palavras, o mundo que desponta nos teus olhos?
Deitar-me-ia ao teu lado, se ontem me dissesses "Adeus, vou-me para nunca mais voltar".
Como foi o teu último acordar? Viste o sol, a lâmpada do mundo?
Diz-me como foi sentir o dobrar da perna no teu último passo.
E o braço? Sentiste o peso da caçadeira a pisar-te melodiosamente a carne do ante braço?
E a língua, espalmava no mar da tua sede?
Deitar-me-ia ao teu lado, se ontem me dissesses "Adeus, vou-me para nunca mais voltar".
Como foi o teu último acordar? Viste o sol, a lâmpada do mundo?
Diz-me como foi sentir o dobrar da perna no teu último passo.
E o braço? Sentiste o peso da caçadeira a pisar-te melodiosamente a carne do ante braço?
E a língua, espalmava no mar da tua sede?
quarta-feira, fevereiro 15, 2012
Os dias de Luz
É tarde. Anoiteceu. Tudo escurece. Nem uma estrela pinta o quadro do tecto. Estou aqui, víuva dos dias de luz. Morro de saudades do meu sorriso.Morro de saudades de mim.
domingo, fevereiro 12, 2012
Também se escrevem poemas de dia.
Também se escrevem poemas de dia, porque basta-nos o coração aceso.
Aprendo que são as pessoas que mexem comigo, que viram a minha alma do avesso.
Na tarde de dia 11 de Fevereiro de 2012, no Terreiro do Paço, passo a passo, caminharam os corações acesos de Portugal. Deixaram tudo para trás: terra, casa, quadros, retratos, passado, presente e até futuro.
Foi no Terreiro que estanquei a minha existência. Foi no Terreiro que dei a volta a Portugal em lacónicos segundos, mas por um preço nimiamente injusto.
Lado a lado, nós os poetas da vida, entoámos o murmúrio das águas correntes cuja força inabalável, arde como uma tempestade de aguardente- aguardente que arde, que manifesta a sua essência sem temor.
Nós os poetas da vida, somos uns pobres, somos uns tolos e a nossa esmola é a luz de um Sol, maior, que nutre as veias da nossa paixão: Portugal.
Aprendo que são as pessoas que mexem comigo, que viram a minha alma do avesso.
Na tarde de dia 11 de Fevereiro de 2012, no Terreiro do Paço, passo a passo, caminharam os corações acesos de Portugal. Deixaram tudo para trás: terra, casa, quadros, retratos, passado, presente e até futuro.
Foi no Terreiro que estanquei a minha existência. Foi no Terreiro que dei a volta a Portugal em lacónicos segundos, mas por um preço nimiamente injusto.
Lado a lado, nós os poetas da vida, entoámos o murmúrio das águas correntes cuja força inabalável, arde como uma tempestade de aguardente- aguardente que arde, que manifesta a sua essência sem temor.
Nós os poetas da vida, somos uns pobres, somos uns tolos e a nossa esmola é a luz de um Sol, maior, que nutre as veias da nossa paixão: Portugal.
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
N'Aquele em quem não acreditas
Hoje foi um dia difícil. Acho que cresci mais um centímetro. Despeguei-me quase do chão. Amadureci com os olhos postos em Deus. Sim, em Deus- N'Aquele em quem não acreditas.
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Renting hearts & the fragile bridge.
Há quem aluga o coração como quem aluga uma casa de férias- à temporada.
(A continuação do texto segue em breve...atendendo a que o trabalho obriga. A inspiração submissa à obrigação. :)
(A continuação do texto segue em breve...atendendo a que o trabalho obriga. A inspiração submissa à obrigação. :)
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Negra
Sabem do que é que eu tenho mais saudades? De uma lareira, à moda antiga. Negra de tanto arder, de tanto nela ver.
quarta-feira, janeiro 25, 2012
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Arder no abraço
Elevo a vela da escrita na unicidade que sustenta o meu espírito ao mais alto nível da terra- acima de tudo, de todos, e até de mim.
É por ti que o faço. Para que na profundidade que nos invade, eu possa pegar-te pelo braço, deixar-te arder no abraço, enquanto não te apagas, como é de praxe.
É por ti que o faço. Para que na profundidade que nos invade, eu possa pegar-te pelo braço, deixar-te arder no abraço, enquanto não te apagas, como é de praxe.
quinta-feira, janeiro 19, 2012
Em avesso
Para a S.
Olhando para o momento presente, uma nódoa esbate-se no quadro da vida. Mas vamos virar o quadro. Vamos pegar nessa tábua envelhecida, embotada. Vamos com o brilho dos nossos olhos, deslizar em avesso na tela que nos anseia.
Olhando para o momento presente, uma nódoa esbate-se no quadro da vida. Mas vamos virar o quadro. Vamos pegar nessa tábua envelhecida, embotada. Vamos com o brilho dos nossos olhos, deslizar em avesso na tela que nos anseia.
domingo, janeiro 15, 2012
O vestido do nosso corpo
as linhas que tecem o nosso corpo para que não caia ao chão, são frágeis
demais
os teus lábios esmagam o sopro do nosso beijo
pois no céu da tua boca, escondes-te de mim
demais
os teus lábios esmagam o sopro do nosso beijo
pois no céu da tua boca, escondes-te de mim
O amor é térreo.
Quando há tempos, escrevi "o amor é uma couve", com isto quis dizer-vos que o amor é uma raíz. Cresce numa vertiginosa imperfeição. Poucos, nela, encontram a rara beleza de uma força maior que brota do chão. O amor é térreo.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
Decadente
Recordo muito bem a noite do nosso concerto em Portimão. 2011, gélido, precoce.Decadente como se quer. Como se um estalo nas nossas caras fosse o selo da nossa viagem sem fim. O estalo de um carimbo esmagando-se abruptamente nos nossos passaportes sem pátria. O artista não tem pátria pois ao mundo, pertence. Não é de si. Não é de ninguém. Escravo do talento, essa cicatriz que lhe cabe abrir em qualquer momento. Momento de rir, momento de partir.
quinta-feira, janeiro 12, 2012
terça-feira, janeiro 03, 2012
Estrela
Não perdendo a esperança no futuro, acredito que devemos ter a humildade de aceitar a ausência de um futuro no presente. A humildade é uma arma poderosa de sobrevivência, de sapiência. Não pretendo adiar o inadiável. Escolho viver no inadiável, para saber-me, para sentir-me, para sentir cada gota de sangue passível de verter. A capacidade de aceitação cristaliza a nossa existência na verdade.
Para bem viver, ousemos nadar em terra, trepando de estrela em estrela.
Para bem viver, ousemos nadar em terra, trepando de estrela em estrela.
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