Eu nunca vou crescer. Por mais que envelheça, eu nunca vou crescer. Serei sempre aquela criança e aquele medo. Aquele medo e aquela criança- aquele tempo, o terror, como um monstro negro, negro de fim de frias tardes.
Naquele tempo, dia após dia em anos sem fim, sem 1 ou 31, todos os dias rodopiam. Naquele tempo, os dias não eram dias. Os dias não existiam. Só as noites existiam.
O monstro, a espuma e a sua boca. O monstro, os braços secos de vida, e a sua força.(apaguei.)
Na minha voz, na voz que ouvem por vezes entre versos e meios versos, jazem os gritos, gemidos e espasmos do Monstro.
Se o Monstro,
Querem ouvir,
Façam silêncio...de morte
Como quem faz amor de sorte.
Apaguem-se, trajem o medo-o medo do negro de fim de frias tarde.
segunda-feira, março 05, 2012
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