segunda-feira, junho 18, 2007

Truly

Há fins de semana, que mais parecem início de semana. Fins de quê? São bombas de emoção.
Há fins de semana que não se esquecem. Marcados por emoções ao rubro.
Para todos, senti que era um virar de página e que os tocou tanto quanto me tocou.
Fever, foi inesquecível. O Fernando Matias foi quem mais me marcou porque me identifiquei logo com a "espécie". Já o referi: somos uma espécie rara. Pelas melhores e piores razões. Somos sangue da terra que treme para que todos oiçam o gemido da nossa dor, do nosso amor, que tanto se confundem sem deixar rastos para o vosso claro entendimento. Curiosamente, o fim de semana foi de reencontros em situações estranhas. Reencontrar a Rosário: uma estagiária que conhecera há cerca de 4 anos. Tinha-lhe perdido o rasto. Quando me viu, nem queria acreditar: somos amigas de um amigo comum há largos anos sem sabê-lo. E mais: não me imaginava como sou. A temática das aparências a vir ao de cima, como sempre.
O concerto de Fever foi um marco. Acompanho a banda há largos anos, e senti que o passo foi dianteiramente gigante. Mas claro, enquanto suspeita que sou, filha da Casa RP (Raging Planet), páro aqui, convidando-vos a vê-los quando oportuno.
Outro reencontro: Teatro Maria Matos para assistir a uma peça de teatro que me espigou a vista de emoção. Encontro na direcção de luzes do Maria Matos, o "Marinheiro", amigo de longa data da Team NUA. Nem queria acreditar. Recordo-me dele nos anos 90. Vivia a maior parte do tempo em submarinhos decadentes da Marinha portuguesa, no melhor que se podia arranjar naquela altura. Contava-nos histórias arrebatadoras, em parte sobre a insegurança do equipamento. Da água para a luz, é, de certo, um longo e sentido caminho. Virar costas ao mar.
Para arrematar, noite simplesmente gargalhuda perante a assistência de um Hard Rock Café ao som dos 69 degrees. Um homem dos seus 60 e tal anos numa dança estranha mas envolvendo-me de espanto. Nunca vira tal ....tal ritual. Pareceu-me um ritual. O Ritual de um homem que se presta a entrar na terceira idade. Que nega a decadência, apostando numa postura só por si decadente mas nobre. Um misto de excessiva segurança, tolice genuína e de "Who cares"! Ou seja: a truly Rock'n Roll Man! Por uma noite claro.

2 comentários:

Gata Chalupa disse...

Não posso deixar de comentar este post uma vez que é um ritual meu passar por aqui de vez em quando e deliciar-me com estes teus textos.

Não sou pessoa de viver de saudades do passado embora muitas vezes seja essa a imagem que passo para as pessoas. Adoro viver o presente e anseio brutalmente pelo futuro, confesso, mas do "pouquinhito" que já conheces de mim imaginas o quanto estes reencontros me dizem tanto. Enche-me a alma. Como os teus posts.Truly

Anónimo disse...

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