Sei que estes assuntos de deficiência são sempre "amados" na diagonal. Mas aqui vai: tal como vos tenho dito em concertos, somos distintos na nossa singularidade. Perdoem-me a redundância: mas a maior beleza que jamais alguém denotará em vós é a vossa diferença, o que vos distingue da restante massa populacional, claro com custos. Mas como tudo na vida, tudo se conquista. Aqui vai:
Os imprevistos da passada sexta-feira conduziram-me curiosamente ao "que me estava destinado", nas palavras do pintor Nuno Quaresma, ser poeta com quem me identifiquei num piscar. Mais curioso se torna este episódio pelo facto da aquisição de um quadro ocorrer uma vez mais em estranhas circunstâncias. A anterior "weirdow experience" remota da minha viagem a Barcelona em 2005. De Barcelona trouxe um quadro, a alcunha de Raínha D. Sofia, e um grande desgosto incutido a um casal de americanos. Um dia, esta história chegar-vos-á.
G apresentou-me o Nuno e a AFID (Associação Nacional de Famílias para a integração da Pessoa Deficiente"). Convidados para uma exposição com o intuito de promover a AFID, os nossos corações despertaram. Entrámos, pisámos o chão. E respirámos. Respirámos Vida. Olhei e vi-Te. Eras tu e mais nenhum...o preço pareceu-me possível. Pedi que te vestissem, rapidamente e mais não conto...apenas que o Nuno me repetiu três acertadas vezes que o quadro me estava destinado.
Já são três os quadros de parto difícil embora com um final memorável.
À Ana Judite ( Síndrome de Down) autora do belíssimo quadro, o 5 º elemento a respirar marcadamente na nossa sala de ensaios.
Fizemos questão de tirar esta foto, apesar de ser praxe da casa, para que a Judite partilhasse a nossa alegria:)
Perdoem-me o gesto na fotografia...foi simplesmente....o que me ocorreu. Não sei explicar. Nem nunca soube explicar-me.
http://afid.org.pt/
domingo, fevereiro 11, 2007
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