A nossa família viverá sempre à sombra de uma triste história triste. Tristemente triste. Se bem me lembro, ela nunca chorava. Gemia. Nunca chorava. E falava sozinha pela noite dentro. Era o rádio débil sob a voz perdida por entre as ondas da ira, da revolta.
Nunca ninguém imagina a vida dos Outros. Mas todos vivem a vida dos Outros.
Diluímo-nos num rio sem fim, de rochas em espinho. E a nossa esperança rasga-se a cada embalo na descida.
Guardo cada pedra da calçada com que me apedrejaste quando a pequenez me apertava nos sentidos.
terça-feira, abril 28, 2009
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