So. I'm back. But I'm leaving.
'Cause now....I'M MOVING!!!
As caixas de cartão, que guardava até então no Refúgio ( a nossa mítica sala de ensaios), assemelham-se a pedaços de carne que rasgo de dentro de mim e coloco na sala, um por um, delicadamente, em estado de sagrado sossego. Abro e descubro o perdido.
Ainda que habituada a casas de 200 m2, revejo-me nestes 50 e poucos m2 bem suados, bem mais...hum...leve, conquistada por cada pincelada de tinta, cada estante, cada armário que me esmagaram a carne até que a pele do meu corpo chorasse. Foi um choro feliz. Há choros condenados para que sejamos um dia felizes, nem que apenas por um dia. Todo o santo dia de felicidade vale mil tristes dias.
Hoje. O hoje piscou-me. Entro na A5 em direcção a Cascais. Primeiro pensamento: se a morte nos matar, mata-nos e mata tudo. Nem sei porque se soprou tal ideia no meu pensamento. Passo o Aqueduto, e sopra-se a ideia sobre a estrada: de um forte aceleramento nos nossos motores, reduzimos drasticamente a batida. Reduzimos todos, perante a incoerência de um Smart cinzento escuro, um escuro de morte. A incoerência de um passo trocado, de uma valsa dissonante. O traçejado axadreza-se. Evito o embate, fisgando a Prevista. Passo lentamente pela direita, e calo o horror com a palma da minha mão: um homem de vida tombada sobre o volante. Um homem morto com a vida amortecida contra o volante. O que mais me chocou: o veículo seguia lentamente viagem, sem desvios. Pareceu-me ver...é assim: morre-se e a vida dos outros não pára.
Desculpem a incoerência...
Noite de Sexta: Music Box. Grande concerto, o de Fever. Porque a vida é isto: Night and Day. Day and Night.
segunda-feira, setembro 17, 2007
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