segunda-feira, julho 23, 2007

Existentia


Paulo Dobreira

Temos vídeo novo. Underwater. Parabéns ao Paulo Dobreira (Realizador). Formámos uma equipa fantástica, disposta a tudo. As I like it. U Know!
O Paulo fez-me tanto mas tanto rir..que acreditem...as rugas estão cimentadas. Whatever! Mas valeu a Pena.
E eu, Paulo, faço-te chorar...acerto-te no olho, na orelha...what's next...? Falas-me em me atirares de um helicóptero para a próxima viagem...

Espero ter em breve um making of. Sucesso garantido: piqueniques na Pena (com as minhas famosas sandes), a beleza estonteante das flores, o gato fugidio, o confessionário na gruta do frade, a vista deslumbrante do ponto mais alto da Pena para o mar, os vestígios de rituais satânicos, as queijadas, queijadas e queijadas, eu a querer espumar um líquido verde, o Paulo a não querer acreditar, o João de pé aleijado, os encontros às 6 da manhã em Chelas para à Pena chegar em silêncio de Deus, uns incansáveis "Temos Pena", o olhar do turista japonês, a praia do Guincho, a praia do forte de Caxias, os Piratas das caraíbas brasileiros para um episódio do Gato fedorento a fazer-nos concorrência às 7 da manhã de um Domingo, a roupa molhada, o Stop da GNR comigo molhada dos pés à Cabeça na A5, a banheira e o algodão para me obstruir as narinas, a insustentável dor de cabeça a mergulhá-la em água calcificada, as pétalas de rosa com cheiro a peixe por me ter enganado no saco que as guardava e tivera lá antes bacalhau à posta, a roupa à cigano do João, a instalação eléctrica que montámos na sala de ensaio, a cama que fizemos e desfizemos, os panos negros que cortámos, as cordas que atámos, as lampâdas que balancámos, as vezes que me atiraram ao colchão, o torcicolo que conquistei, as incontáveis vezes que mergulhei na maldita banheira cuja água se esgotava estupidamente por falta de tampa, as vezes que vos fiz rir na banheira às altas gargalhadas de chorar e pedir, a pseudo hipotermia no pseudo mar do forte de Caxias, a o Chapéu à Slash do Daniel, o telefone que partimos ao Daniel, as infindáveis idas ao CCColombo já perto da meia noite para o cabelo acordar sedoso no dia seguinte, a lavagem de roupa à 1 da manhã, as viagens de carro com retrovisor caído. That's how we video-shooted it. A kind of undersomething...
Mas simplesmente inequecível e memorável.

E isto tudo, para quê? Para existir.

Penso, logo existo....nã, nã...

"Comecemos na antiguidade. A formulação classica é, na verdade: "o homem é a medida de todas as coisas" Protágoras era um representante, mesmo que em uma posição sui generis, do movimento sofista. Essa sentença é a expressão de um extremo relativismo, segundo o qual, a verdade é determinada pelo ser humano, pela sua capacidade de argumentação. Toda percepção da realidade é um processo que ocorre no sujeito. Assim toda verdade, até mesmo empírica, depende do sujeito cognitivo. A redução da realidade à esfera do humanamente perceptível é clara em sua tese, que a tangente corta um círculo em mais de um ponto, contrariando assim a geometria clássica. Também as normas morais são relativas: o homem é medida da ética.
A sentença "Penso, logo existo" de Descartes tem muita semelhança com o dito de Protágoras. Em busca de uma verdade última e irrefutavel, Descartes retoma um pensamento de Sto. Agostinho (si fallor sum: se erro, existo) e e constroi toda uma filosofia a partir desta base segura. Mesmo que todos os conhecimentos sejam inseguros, uma coisa é absolutamente certa: que eu existo. Mesmo que eu me engane ao pensar que 2 +2 =4, o simples fato de EU estar enganado prova que Eu existo, pelo menos enquanto ser pensante: res cogitans. A grande semelhança com Protágoras é clara: o Sujeito epistêmico, o sujeito enquanto ser cognitivo, é tomado como base do conhecimento. Mas existe uma diferença fundamental: Protágoras tem uma pretensão metafísica. A realidade como construcao do ser humano, enquanto Descartes tem uma pretensão apenas epistemológica: o conhecimento da própria consciência como fundamento para o conhecimento (e não como construção da realidade).

Dr. Phil. Guido Imaguire"

4 comentários:

Inês disse...

Curiosamente ainda ontem me lembrei do vídeo. E parece que finalmente vamos poder saciar a curiosidade! :)

E com tantos "incidentes" fizeste-me lembrar as minhas fantásticas viagens a Lisboa, quando vou aí ver concertos. Já vou sempre a pensar no que me vai acontecer. E por muito que me esforce nunca me livro de trazer um filme para contar...!

Bem, fico à espera de ver a nova obra de arte!

Beijinhos e uma boa semana Sophia *

Sophia Cinemuerte disse...

Boa Semana Inês!*

Velho do Restelo! disse...

Minha amiga, sem trabalho, nada se consegue... e sem sacrificio... sabe sempre a pouco!!!
Vai ser o "meu" video! Afinal é a "minha" amiga Sophia e a "minha" Sintra!!! A Beleza nunca é demais...
Beijos e saudações

Anónimo disse...

Thought provoking. Very true. Off the Shoulder Wedding Dresses. christian louboutin fur boots. Mother Of Bride