segunda-feira, julho 09, 2007

O puto' Embaixador

Roménia. Embaixada da Roménia. Estive na Embaixada em duas ocasiões especiais. A primeira a convite da Stella. Espero que ela me encontre um dia. Anseio por esse dia, porque a Stella era uma miúda muito especial. Uns olhos abismais de se quebrar a direito num azul de uma pureza também ela especial. Guardo ainda uns versos da Stella. Éramos muito close. Ela pouco expressava o português. Falávamos meio francês, meio inglês. Umas pátrias-mix.
Entrada segunda - sem convite: o filho do embaixador, dos seus perto de 4 anos de idade, abre-me o portão eléctrico da embaixada, em resposta ao motor em falha. Vivíamos tempos analógicos. Precisava de um telefone. Carro low-batery. Um golf negro com uma tiras douradas a rasgar sorrisos nos anos 80, especialmente o sorriso do puto' Embaixador. Recordo-me de pisar pátria alheia. Recordo-me do segurança a rasgar medo pelo piso. "Vistú? Vistú (Visto)! Ã senhora no põde entarar sem vistú. Este é espaciú roméne". O puto lá se foi triste, abraçado à bola como se abraçasse o mundo. Talvez o abraçara. A mim, abraçou-se. O puto'embaixador!