quarta-feira, dezembro 28, 2011
No bolso
Penso muita na minha infância, na minha capacidade de encaixe perante o mundo que vi, o que vi. As putas espetando o sorriso lamacento na calçada pombalina desafiando a inocência que eu, apressadamente, trazia no bolso. Ainda hoje sinto que estou ali, que nada mudou. Sinto que ali estou, que dali não saí.
Cresci na escuridão. O meu corpo cresceu e a sua sombra foi pintando a mofo, assombradamente, as fachadas da minha eterna Lisboa. Com os chulos e as putas, os meus bonecos de trazer no bolso.
Cresci na escuridão. O meu corpo cresceu e a sua sombra foi pintando a mofo, assombradamente, as fachadas da minha eterna Lisboa. Com os chulos e as putas, os meus bonecos de trazer no bolso.
terça-feira, dezembro 27, 2011
À procura de si mesmo
Dancei horas a fio neste mundo.
O meu corpo deu voltas e voltas à procura de si mesmo.
O meu corpo deu voltas e voltas à procura de si mesmo.
Terrorismo humano
Terrorismo humano- a causa dos egoístas que justifica tudo, abatendo um homem ou uma mulher à queima-roupa.
domingo, dezembro 25, 2011
Natal
Uns cortes nos dedos, uns abraços fortes, a luz nos vossos olhos. E mais um abraço, e o calor da vossa pequenez sobre mim. Natal.
quinta-feira, dezembro 22, 2011
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Torto a direito
Não sou poeta
Mas tenho o coração desfeito
Moeda de troca certa
Para quem torto anda a direito
Mas tenho o coração desfeito
Moeda de troca certa
Para quem torto anda a direito
Pertence
Um ensaio não é um ensaio. É abandonar-se, deixar tudo para trás, e partir numa viagem que só a nós pertence para um mundo que não nos pertence.
segunda-feira, dezembro 19, 2011
sábado, dezembro 17, 2011
Pérolas Vadias
No céu, prego a ponte iluminada de pérolas vadias. O comboio passa por mim. Seguimos paralelamente, traçando tinta da vida, na esperança de mudar o destino.
sexta-feira, dezembro 16, 2011
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quinta-feira, dezembro 15, 2011
O silêncio sentou-se à mesa.
Lembro aquele meio segundo: os teus olhos postos nos meus, embarcando na história. Perguntámos uma à outra sem nada falar: achas que as bocas moldarão os nossos nomes? O silêncio sentou-se à mesa.
quarta-feira, dezembro 14, 2011
Devo
Devo tanto, a ti, a ti, a ti e a Ti. Vês o que outros não vêem. Porque razão te dou esse poder? De veres o que sou, para que sou? Sabes tudo acerca de mim, mesmo o que está para vir. Ainda mesmo antes de eu alguma vez pensar ser capaz de ser-me.
Quero tanto mas tanto escrever-te uma canção, mas só por desgosto, sabe derreter, o meu plástico coração.
Quero tanto mas tanto escrever-te uma canção, mas só por desgosto, sabe derreter, o meu plástico coração.
terça-feira, dezembro 13, 2011
Matematicamente, o valor da vida.
Por vezes, dou por mim a dizer: " a senhora de 80 e tal anos", como se a idade já não contasse, como se a pessoa pertencesse a uma categoria sem definição, sem contorno: uma sombra, opaca, sem brilho de contar- contar matematicamente o valor da vida.
segunda-feira, dezembro 12, 2011
Refém
É um abismo que se coloca à minha frente, e perante o qual só uma imagem abre-se no meu olhar: saltar, para além do mesmo.
terça-feira, dezembro 06, 2011
segunda-feira, dezembro 05, 2011
domingo, dezembro 04, 2011
Descomplicar
Discurso normalizado: preferia hoje que não me tivesses contado. Há coisas que não deveríamos saber: assim como Deus, que nem tudo conta para que possamos existir existindo.
Existo na simplicidade de descomplicar.
Existo na simplicidade de descomplicar.
sábado, dezembro 03, 2011
terça-feira, novembro 29, 2011
Embrulho versos
Na tua carne
Podes gritar, que não te oiço
Podes acelerar, que o meu tempo parou
Podes deitar, que eu ouso
Ouso esmagar-me na tua carne
Podes acelerar, que o meu tempo parou
Podes deitar, que eu ouso
Ouso esmagar-me na tua carne
segunda-feira, outubro 10, 2011
sábado, agosto 06, 2011
sexta-feira, julho 29, 2011
quarta-feira, julho 27, 2011
Pela berma da estrada dos peixes
Foi, de manhã.
Na caminhada de 2 a 3 kilómetros pela berma da estrada dos peixes, passou por mim, claudicando. Frágil no olhar, submergiu. O mar teimou cuspi-la, como se não fosse aquele o seu lugar. Olhou para mim, de bojo explodindo para o ar.
Olhou para mim: queria mas não querendo.
Toquei-a, trajada de seda animal, e fervi ao sentir esta fragilidade que nos separa. O homem e o animal. Dois mundos. Duas perspectivas, dois olhares sobre o mesmo mundo. O nosso.
Queria agarrá-la e fugir daquele lugar apenas com ela, esta criatura de olho posto na minha mão. O olho afiado de quem teme tudo. Temia-me. Tentei puxá-la e ela pôs-se a olhar agnosticamente. Mas deixou. Deixou-se. deixou-se puxar.
Hoje salvei uma gaivota.
sexta-feira, junho 10, 2011
Ser-se
Foto sem photoshops, nem merdas.
Assumo a minha fraqueza.Aceito-a e perdoo-me. Nem sempre tomei as opções certas, correctas. Nem sempre agi da melhor forma. Fui em muitas vezes da minha vida, egoísta e magoeei algumas pessoas. Arrependo –me profundamente e pedi perdão.
Não são remorsos. É arrependimento, que implica uma mudança de atitude. Posso dizer que não fui feliz mas tive muitos momentos de felicidade e é neles que acredito. Esta foto, é a ela que me quero prender hoje. Fui muito feliz neste preciso instante em que a máquina disparou o momento. O amor é isto: é dar. É dar-se. É fraquejar. É ser-se. É aceitar-se. É olhar para dentro para nos desafiarmo-nos e avançar.
segunda-feira, maio 30, 2011
forte-fraca
Apanho queijo do chão, e já não me importo muito mais com nada. O vestido comprado para a nova sessão de fotos, é o mais barato e simples da história dos Cinemuerte. 9 euros. 9 verdes euros. Devia ter sido sempre assim. A beleza interior, a fibra interior tem de valer por si. Até a fraqueza interior que visto, não deve compactuar com a podridão do Vanity Show que nos massacra e escraviza. É aquilo a que chamo gente forte-fraca. Porque as pessoas teimam em esconder a sua fraqueza? " Na nossa cultura, as impressões externas tornaram-se mais importantes do que o nosso verdadeiro eu"- Tommy Hellsten.
Quem tem identidade, não procura expor-se, porque confia no que tem. Não requer reconhecimento.
Há quem só descanse quando tiver convencido toda a gente de que é forte.
Somos fortes quando reconhecemos a nossa fraqueza.
"A Humildade é a força que não nega a fraqueza"-Tommy Hellsten
Quem tem identidade, não procura expor-se, porque confia no que tem. Não requer reconhecimento.
Há quem só descanse quando tiver convencido toda a gente de que é forte.
Somos fortes quando reconhecemos a nossa fraqueza.
"A Humildade é a força que não nega a fraqueza"-Tommy Hellsten
domingo, maio 15, 2011
Porto' Ginja
Hum...cansada..motivada...pensante.
Porto. Ribeira pela noite, bem antes do concerto que esperava ansiosamente. Passeios sombrios, luzes cintilando na esfera do rio. A ponte arqueia enquanto delicio uma ginja apedrejada. Arqueia e revejo.
Sinto uma felicidade ímpar com o Porto no olhar. Obrigada Porto pelo Momento.
Sem foto...está tudo cá dentro calmo, sereno).
Porto. Ribeira pela noite, bem antes do concerto que esperava ansiosamente. Passeios sombrios, luzes cintilando na esfera do rio. A ponte arqueia enquanto delicio uma ginja apedrejada. Arqueia e revejo.
Sinto uma felicidade ímpar com o Porto no olhar. Obrigada Porto pelo Momento.
Sem foto...está tudo cá dentro calmo, sereno).
quarta-feira, abril 20, 2011
segunda-feira, fevereiro 07, 2011
Perder
Se bem me lembro, algures, por aí, me perdi.
Mas para me perder, teria de perder algo, palpável.
Mas para me perder, teria de perder algo, palpável.
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