Penso muita na minha infância, na minha capacidade de encaixe perante o mundo que vi, o que vi. As putas espetando o sorriso lamacento na calçada pombalina desafiando a inocência que eu, apressadamente, trazia no bolso. Ainda hoje sinto que estou ali, que nada mudou. Sinto que ali estou, que dali não saí.
Cresci na escuridão. O meu corpo cresceu e a sua sombra foi pintando a mofo, assombradamente, as fachadas da minha eterna Lisboa. Com os chulos e as putas, os meus bonecos de trazer no bolso.
quarta-feira, dezembro 28, 2011
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