ok, ok, do you want something simple....?
Bem simples, simples, n´~ao há nada de simples, pelos menos na esfera de oxigénio que me abraça.
Huelva, ontem: indescritível, abrasador, perturbante mundo de parasitas enquanto o mundo explode mais abaixo.
Queria dizer-te o quanto quero, queria dizê-lo ao mundo que explode, mais abaixo.
Devolvida a Portugal, roçando a fronteira, mantenho-me ligada à Amena. Que estranho, estamos tão longe e tão perto. As ondas hertzianas iludem o distanciamento.
Voltando ao mundo real: vilar de mouros...pareceu me um sonho. É que não pode ter acontecido, uma vez que nem uma linha foi escrita acerca do palco original...o único palco que poderia ser alvo de uma crítica mais motivada...afinal somos ou não carne para canhão? mas talvez tal se deva ao excesso de oferta de carne promovida pela organização que não disponibilizou uma única alternativa vegetariana no recinto. Carne a mais, foi carne a mais.
Beijos a todos os que apoiam a causa Cinemuerte. Não são muitos, nem são poucos. São todos especiais. Todos muito especiais.
quarta-feira, julho 26, 2006
segunda-feira, julho 24, 2006
A Viagem
Porque todos me vão perguntar: e que tal? como correu? E porque todos devem saber.
Os concertos da Raging Planet correram muito bem. O espírito de camaradagem e non sense no seu melhor...somos (a Raging Planet) sem dúvida completamente loucos, palavras tiradas da boca sensata do Zé Miguel, o nosso motorista, que mais do que cumprindo a sua função, foi acompanhando-nos, passo a passo. O Zé Miguel, aquele que foi ouvindo a Mula da Cooperativa, na viagem para "baixo", aquele que de camisa branca, sentiu-se deslocado no meio da maré negra,mas que insistia estar connosco para o bem e para o mal, aquele que nos compreendia.
De vez em quando, a pedido dos passageiros, lá desligava as luzes, colocando-nos na escuridão total, talvez para compreendermos que já nela nos encontramos há muito. Uma escuridão, essa que me assusta de morte.
Interessa escrever acerca desta viagem se vos descrever a recepção preparada pela organização de Vilar de Mouros: os bastidores...ah os bastidores...é de boca aberta que entrei no "camarim". Mais parecia que nos tinham importado um bunker do Líbano. Um bunker sem luxos claro. Passo a descrever o habitáculo. Paredes.
No espaço reservado para o acolhimento dos sem-abrigo, não dispunhamos de água, casas de banho, toalhas, higiene, luz, tomadas, niente!
Sem dormida, sem direito de entrada ao refeitório, cada segundo parecia-me cada vez mais indigesto. Como é possível entender que no refeitório entram aqueles que escrevem acerca do artista, e a este, a refeição é-lhe vedada? Só entendo esta lógica se nos assemelharmos aos macacos de um espactáculo de circo.
A ementa proposta: 23 sandes panrico, de fiambre ou queijo, ou seja uma para cada sem-abrigo, lançadas ao ar para cima de uma tábua de madeira. As bebidas também elas atiradas, à nossa chegada, para uma arca a funcionar a meio gás.
Adiós Vilar de Mouros.
Nota positiva: o público e a paisagem.Viva o público! O público é quem alimenta o artista, nem que seja de alimento para a mente.
Os concertos da Raging Planet correram muito bem. O espírito de camaradagem e non sense no seu melhor...somos (a Raging Planet) sem dúvida completamente loucos, palavras tiradas da boca sensata do Zé Miguel, o nosso motorista, que mais do que cumprindo a sua função, foi acompanhando-nos, passo a passo. O Zé Miguel, aquele que foi ouvindo a Mula da Cooperativa, na viagem para "baixo", aquele que de camisa branca, sentiu-se deslocado no meio da maré negra,mas que insistia estar connosco para o bem e para o mal, aquele que nos compreendia.
De vez em quando, a pedido dos passageiros, lá desligava as luzes, colocando-nos na escuridão total, talvez para compreendermos que já nela nos encontramos há muito. Uma escuridão, essa que me assusta de morte.
Interessa escrever acerca desta viagem se vos descrever a recepção preparada pela organização de Vilar de Mouros: os bastidores...ah os bastidores...é de boca aberta que entrei no "camarim". Mais parecia que nos tinham importado um bunker do Líbano. Um bunker sem luxos claro. Passo a descrever o habitáculo. Paredes.
No espaço reservado para o acolhimento dos sem-abrigo, não dispunhamos de água, casas de banho, toalhas, higiene, luz, tomadas, niente!
Sem dormida, sem direito de entrada ao refeitório, cada segundo parecia-me cada vez mais indigesto. Como é possível entender que no refeitório entram aqueles que escrevem acerca do artista, e a este, a refeição é-lhe vedada? Só entendo esta lógica se nos assemelharmos aos macacos de um espactáculo de circo.
A ementa proposta: 23 sandes panrico, de fiambre ou queijo, ou seja uma para cada sem-abrigo, lançadas ao ar para cima de uma tábua de madeira. As bebidas também elas atiradas, à nossa chegada, para uma arca a funcionar a meio gás.
Adiós Vilar de Mouros.
Nota positiva: o público e a paisagem.Viva o público! O público é quem alimenta o artista, nem que seja de alimento para a mente.
segunda-feira, julho 17, 2006
terça-feira, julho 11, 2006
Gíria
Hello:) Penso que a nossa ida a Vilar de Mouros será memorável pelo espírito que nos conduz até lá. Uma viagem que reunirá uma família: A Raging Planet. Uma família como tantas outras em que pais, filhos e irmãos ora se amam ora se odeiam pelas mais fúteis razões. Na gíria: um verdadeiro bacanal. Mas como estas viagens familiares não são estreias, acredito que vamos reviver o espírito de outros tempos...recordo Pedrógão Grande. Belas e inesquecíveis recordações que nos unem para a eternidade. O espírito de camaradagem entre todos, a loucura do músico insensato, o despertar de um público amorfo.
Beijos
Beijos
quinta-feira, julho 06, 2006
Nem voltarás
Amanhã, de manhã partilharei o mesmo metro cúbico de ar contigo...nele poderás limpar as tuas mãos embebidas de sangue. Podes limpar, mas não podes apagar. Nem voltarás a saborear como antes, a brisa da vida.
terça-feira, julho 04, 2006
Conselho
Conselho de Edelstein
Não se preocupe com o que os outros poderão estar a pensar de si; eles estarão demasiado ocupados a preocupar-se com o que você pensará deles.
Não se preocupe com o que os outros poderão estar a pensar de si; eles estarão demasiado ocupados a preocupar-se com o que você pensará deles.
A esquina
A vida é uma esquina. Nunca se avista o presente. O futuro não existe.
A felicidade é alcancada se soubermos "cortar" sem nos ferirmos.
A felicidade é alcancada se soubermos "cortar" sem nos ferirmos.
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