sexta-feira, janeiro 13, 2012

Decadente

Recordo muito bem a noite do nosso concerto em Portimão. 2011, gélido, precoce.Decadente como se quer. Como se um estalo nas nossas caras fosse o selo da nossa viagem sem fim. O estalo de um carimbo esmagando-se abruptamente nos nossos passaportes sem pátria. O artista não tem pátria pois ao mundo, pertence. Não é de si. Não é de ninguém. Escravo do talento, essa cicatriz que lhe cabe abrir em qualquer momento. Momento de rir, momento de partir.

1 comentário:

Anónimo disse...

Pena que tão poucos reconheçam o talento de alguns e tantos valorizem a falta dele de muitos.