segunda-feira, setembro 29, 2008

Coisa daqui

Tenho a televisão ligada no primeiro canal. Ridículo. Um debate sobre a nova lei do divórcio. Choca-me este tratado sobre o dívórcio. Falam do casamento e do dívórcio numa perspectiva monetarista e de salvaguarda de comodismos. Gritam, exaltam-se. Não entendo. Não entendo este mundo, esta visão mecanicista do casamento.
Aliás passo a achar que a formalização contratual do casamento, perverte a atitude de cada um no seio da relação. Esta é sem dúvida uma verdade clichet, mas passei, de ora em diante, a acreditar nela.
Se pudesse escolher, casava no céu. O casamento não é coisa daqui.

Os clichets valem ouro.

4 comentários:

Mortisa disse...

Ouvir alguém chamar de contrato a um casamento, como se fosse um contrato de trabalho, deixou-me naquele estado "por-favor-dêem-me-um saco-de-boxe-antes-que-eu-faça-uma-asneira-e-parta-a-cara-a-alguém".

E não sei porque ficaste chocada, vivemos num país de exaltados letárgicos...:)

Beijinho*

Sophia Cinemuerte disse...

Fico, fico. Estou sempre à espera do melhor do mundo...:)*

Anónimo disse...

Em nossa opinião, a lógica é simples: se duas pessoas são livres de decidir casar-se, por que carga d'água caberá ao Estado e à Justiça ter uma palavra a dizer no momento em que decidem separar-se? Ok, ok, visão economicista, tudo é um pretexto para nos meterem a mão ao bolso, agora até os copos d'água as Finanças querem averiguar... merda, só merda... não temos Liberdade, temos um Estado de Direito, mas o Direito é, muitas vezes, torto...

P.S.: também assistimos ao debate e, de facto, afirmações como "qual é o mal de uma mulher de 40 anos como eu ganhar 5 mil contos com o divórcio, se o dinheiro até faz jeito?" não abonam nada em favor da causa (que para mim não é Causa, é um Facto) da igualdade entre homens e mulheres...

Sophia Cinemuerte disse...

Faltam-nos tempos difíceis para acordar para a verdadeira essência da Vida: o AMOR