Há coisas nesta vida, que nunca entenderei. Eu bem tento, traçar uma lógica. Mas ontem, quando finalmente adormeci, adormeci porque tinha encontrado uma poeira de lógica: o mundo é uma experiência. A vida é uma experiência. Não existe o certo ou o errado. As pessoas tentam acreditar que sim, assim como acreditam que dois mais dois são quatro porque é mais fácil viver com certezas.
Eu nunca vou acreditar que dois mais dois são quatro, porque assim que acabei de escrever esta palavra, o dois, já perdeu uns milésimos de milésimos na sua trajectória temporal, dada a mutação do espaço e do tempo sobre a matéria, se é que ela existe.
O meu pior defeito: ter fé. É uma cruz. Sou uma romântica, estupidamente romântica. Nestes dois últimos anos, e dada a minha maior exposição, sei que muitos me odeiam. Elas sabem quem são. Desejam o pior para mim. Fruto da ignorância. A inveja é o espelho maior da ignorância. Invejar uma vida que se desconhece...Como é possível tamanha estupidez?
Trocava já hoje a minha vida pela vossa. A vossa vida sem este pesado coração que trago ao ombro. O meu coração nasceu, tinha eu 20 anos. E desde então, nunca parou de tremer. Ele não bate. Estremece e aleija-me o ombro. Em carne viva, como agora mesmo. Tenho de fugir, para outro mundo. Um mundo sem gravidade, para que eu não o sinta. O coração.
segunda-feira, abril 21, 2008
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1 comentário:
Acredito que quando rasgamos a carne deixamos entrar também muita luz. É o peso dos nossos corações que nos caracteriza, o peso que suportamos. Para o bem ou para o mal: o mais precioso dos pesos.
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