Para o meu amigo Gonçalo João que tanto estimo pela sua inteligência e carisma.
Ao primeiro sopro.
No precipício da vida
Morre o artista
Como morre a palavra
Carregando sobre as tensas costas
Meio tom para o abismo.
Gemendo a dor do fim
Gemendo amor até ao fim
Na vã esperança de se perpetuar
Na memória do outro, insano
Soprando a sua pena.
Ardes-me ó Fim. Extremo Fim
Ardes no peito das coisas sem fim.
Por quem te tomei?
Princípio de um nada
Por tudo e nada
Sei que sim, fomos feitos
Cúmplices ao primeiro sopro.
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